Natal teve o 2º pior desempenho dentre as 26 capitais do país em “Investimento público em infraestrutura por habitante”, além de um 3º pior lugar no indicador “Taxa de distorção idade-série nos anos finais do Ensino Fundamental”, que é um dos reflexos da desigualdade escolar e aponta quando estudantes se encontram em defasagem de dois anos ou mais entre a idade que possuem e a série escolar que frequentam.
De maneira geral, a capital do Rio Grande do Norte (RN), ficou em 12º lugar no ranking geral do Mapa da Desigualdade entre as Capitais, divulgado nesta terça (26), pelo Instituto Cidades Sustentáveis.
O documento reúne a avaliação de desempenho de cada capital do Brasil em 40 indicadores definidos a partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
A proposta é fazer um recorte da desigualdade que distancia as cidades com menos serviços e infraestrutura, daquelas com melhores condições para uma vida decente.
São analisadas questões como erradicação da pobreza, fome, acesso à saúde e educação de qualidade, igualdade de gênero, água potável, saneamento, produção e consumo responsáveis, trabalho digno e crescimento econômico, inovação e indústria, redução das desigualdades e ações climáticas.
No caso de Natal, o melhor desempenho foi no indicador “Famílias inscritas no Cadastro Único para programas sociais”, alcançando o 2º lugar no ranking e deixando outras 24 capitais para trás.
Já nos indicadores “Presença de vereadoras na Câmara Municipal”, “Doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (100 mil habitantes)” e “Razão Gravidez na Adolescência (negros/não negros)”, a capital potiguar ficou em 3º lugar.
A capital potiguar também teve bom desempenho do indicador “Emissões de CO² per capita” e “Idade média ao morrer”, ficando em 4º lugar no mapa das capitais.
Os dados utilizados no levantamento foram retirados dos sistemas municipais das prefeituras e de outros órgãos públicos oficiais, como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o DATASUS, do Ministério da Saúde.
Erradicação da pobreza
O indicador “Erradicação da Pobreza” contabiliza a proporção de pessoas com rendimento real efetivo domiciliar per capita (por pessoa) inferior a US$ 1,9 por dia. Nesse item, o melhor resultado ficou com Florianópolis, capital de Santa Catarina, enquanto Salvador, capital da Bahia, teve o pior resultado.
Nesse tópico, Natal ficou na 15ª posição.
Erradicar fome
Teresina, no Piauí, obteve o melhor resultado e Salvador o pior.
Natal ficou na 6ª posição.
Saúde
As capitais com melhor colocação foram Florianópolis, Curitiba e Vitória.
Natal ficou na 16ª posição, seguida por Boa Vista, Teresina e Palmas.
Educação de qualidade
No indicador “Educação de Qualidade”, Natal alcançou a 8ª posição, ficando atrás de Palmas (1º), Fortaleza (1º), Aracaju (1º), Belo Horizonte (1º), Vitória (1º), Curitiba (1º), Florianópolis, Campo Grande, Cuiabá (1º), Recife (2º), Rio de Janeiro (3º), Porto Alegre (4º), Goiânia (5º), Salvador (6º) e (7º).
No final de fevereiro, a prefeitura da capital assumiu que 1.208 crianças não conseguiram vagas nas creches da rede municipal de ensino. A ocupação das vagas abertas para 2024 foi definida através de sorteio.
Igualdade de Gênero
Em termos de políticas para alcançar igualdade de gênero, Natal ficou em 7º lugar. Informação que pode ser complementada pelo 1º Relatório de Transparência Salarial divulgado nesta segunda (25) pelo Ministério das Mulheres e pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que mostrou que as mulheres potiguares recebem, em média, 24% a menos do que os homens.
Água Potável e Saneamento
Nesse indicador, a capital potiguar aparece com um ótimo desempenho, alcançando o 3º lugar. No tópico “Água Potável e Saneamento” é analisado o número de internações hospitalares ocorridas em consequência de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado.
Energias renováveis e acessíveis
Uma contradição que chama atenção é o fato de, apesar do Rio Grande do Norte ser líder na geração de energia eólica no Brasil, sendo responsável por cerca de 30% da produção, Natal ficou entre os últimos no indicador “Energias renováveis e acessíveis”.
Geral
Natal também teve um desempenho ruim, ficando em 24º lugar, no tópico “Indústria, Inovação e Infraestrutura”, o que indica baixo investimento público em infraestrutura por habitante. Já quando o tópico foi mortes no trânsito, a capital potiguar teve um melhor desempenho, ficando na 5ª posição.
Na classificação geral, levando em consideração todos os indicadores, Natal ficou em 12º lugar. O resultado final de cada capital foi obtido pela soma dos pontos conquistados em todos os indicadores avaliados.
*Com informações de Saiba Mais
Imagem: Reprodução
Fonte: Natal em Foco