O Dia Mundial de Combate ao Câncer, que é celebrado em 4 de fevereiro, foi criado para disseminar dados sobre a prevenção e o controle da doença, além de levantar questões atuais sobre o diagnóstico e as alternativas de tratamento. Este ano, o tema foi Cuidado para todos.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer figura como a segunda principal causa de óbitos no Brasil. Projeções indicam a ocorrência de 704 mil novos casos anuais da doença no país durante o triênio 2023-2025. De acordo com estudos realizados pelo INCA, caso nenhuma medida seja adotada e o aumento de casos persista no mesmo ritmo, estima-se que a União terá um gasto de R$7,84 bilhões em 2040 com procedimentos hospitalares e ambulatoriais destinados aos pacientes oncológicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Câncer é a denominação para mais de cem diferentes tipos de doenças malignas caracterizadas pelo crescimento desordenado de células que se agrupam, formando tumores. De acordo com o INCA, a patologia surge a partir de uma mutação genética (alteração no DNA da célula), que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. O tratamento é feito por meio de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea, podendo, em muitos casos, ser necessária a combinação de mais de uma dessas técnicas.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), traz um alerta com a contribuição de especialista do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh) sobre as principais linhas de cuidado da instituição, esclarecendo questões da população e ressaltando a importância da campanha contra o câncer. O objetivo é mudar a realidade e informar à população sobre o diagnóstico, tratamentos e avanços científicos relacionados à doença.
Fator de risco e prevenção
O câncer apresenta, como possíveis fatores de risco, as causas hereditárias, ambientais e os hábitos de vida (tabagismo, obesidade, alimentação inadequada, alguns quadros infecciosos, envelhecimento, entre outros). A oncologista Juliana Florinda de Mendonça Rego do Huol-UFRN destacou os fatores evitáveis como o sedentarismo, a obesidade e o tabagismo. “Não há um comportamento específico que cause o câncer nem que o cure, mas o que há são hábitos saudáveis que, em conjunto, vão diminuir a chance de ter câncer”, explicou a especialista.
Se houver familiares que já tiveram a doença, o ideal é que a pessoa passe por avaliação de um geneticista ou oncogeneticista, pois o profissional irá analisar o histórico familiar e definir a conduta adequada, avaliando caso a caso.
Hábitos saudáveis reduzem risco
“A informação é importante, porque a gente precisa conscientizar a população sobre os exames de rastreamento que podem detectar o câncer em um estágio inicial; e sobre fatores de risco evitáveis que podem levar ao câncer, que é a segunda principal causa de morte não traumática no mundo”, resumiu a oncologista Juliana Rego.
Sobre a Ebserh
O Huol-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados às universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Imagem: Reprodução
Fonte: Agecom/UFRN