Fortalecer a política de inclusão e ampliar a produção do conhecimento científico da área de educação musical especial e inclusiva. Esses são alguns dos objetivos do Setor de Musicografia Braille e Apoio à Inclusão (Sembrain), da Escola de Música da UFRN. Criado em 2014, o espaço atua com projetos de ensino, pesquisa e extensão visando desenvolver ações que contribuam para a inclusão social e educacional de pessoas com deficiência.
Segundo Catarina Shin, coordenadora do Sembrain, a motivação para a criação do setor surgiu após o ingresso do primeiro aluno com deficiência visual na EMUFRN. “O contato com esse aluno me levou a fazer um curso de pós-graduação, mestrado em Música, abordando a educação especial”, explica. A partir disso, a Escola somou forças para desenvolver um setor que se dedicasse integralmente às necessidades de alunos com deficiência, seja ela intelectual ou física.
Atualmente, o Sembrain atua com uma equipe de quatro servidores técnicos administrativos – sendo um revisor Braille, um docente e dois discentes; além de servidores da Biblioteca Setorial Padre Jaime Diniz que realizam a digitalização do acervo e encaminham para o Sembrain para a realização das adaptações necessárias. Há também alunos bolsistas que dão suporte aos projetos de extensão. “São os próprios alunos do curso de licenciatura que atuam como bolsistas do Sembraim na adaptação de material para as pessoas com deficiência visual”, afirma Shin.
Além de fornecer apoio acadêmico, o Sembrain oferece também cursos e oficinas de capacitação para professores e alunos, internos e externos à UFRN. O ingresso nesses cursos se dá por meio de editais de seleção, publicados pelo próprio setor. Para mais informações, confira o perfil no Instagram.
Para a equipe do Sembrain, o setor se configura como “um importante passo para o fortalecimento das ações que vêm sendo desenvolvidas na UFRN em relação à política de inclusão voltada para as pessoas com deficiência e outras necessidades educacionais específicas”.
Grupos Musicais
A atuação do Sembrain se concentra em grupos artísticos-musicais, que funcionam como ações de extensão. Cada um em seu nicho, os grupos atuam com pessoas que possuem uma deficiência específica. Um exemplo disso é a Banda Braille Ponto Positivo, formada por pessoas com deficiência visual, alunos dos cursos de graduação e servidores técnico administrativos.
Outro grupo musical do Sembrain atua com deficientes visuais: Grupo Esperança Viva – que conta com músicos co-repetidores e flautistas. As ações do setor se estendem para crianças, por meio dos projetos Musicalização Up – para pessoas com Síndrome de Down; e Som Azul, para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Fonte: Agecom/UFRN