O aleitamento materno é um momento muito especial para as mães e seus bebês, momento este em que há o fortalecimento do vínculo materno/infantil, muito importante para o desenvolvimento psicoafetivo da criança, ajudando-a a se adaptar ao mundo exterior.
O leite materno é considerado o “alimento ouro”, pela Organização Mundial de Saúde, por ser o alimento mais completo e de fácil digestão para o bebê, por isso, é o alimento exclusivo até os primeiros seis meses de vida. Além disso, apresenta vários benefícios, como redução da mortalidade; a melhora da imunidade e a redução do risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como sobrepeso, obesidade e diabetes do tipo 2. E qual a relação do aleitamento materno com a saúde bucal do bebê?
O ato de mamar é um exercício físico para o desenvolvimento crânio facial, ou seja, o estímulo realizado pelo movimento de sucção proporciona o desenvolvimento dos músculos bucais que quando ativados desenvolvem os ossos. Esse movimento ajuda na projeção do queixo para frente, já que ao nascer o queixo está posicionando para trás; estimula o desenvolvimento dos seios nasais, desenvolvendo a respiração pelo nariz; o desenvolvimento do ato de deglutir, engolir, e posicionamento correto da língua, permitindo, assim um desenvolvimento de uma fala mais clara (KUBOYAMA, 2019). O leite materno é rico em minerais e cálcio o que contribui para o melhor desenvolvimentos dos dentes, como também não causa cárie, diminuindo o risco de cárie durante o aleitamento materno.
Kuboyama (2019) reforça que a falta de estimulação adequada das funções orais e da sucção pode ocasionar alguns desvios ou determinadas modificações no desenvolvimento do sistema estomatognático, como as mal oclusões, dentes em posicionamento não adequado, hábitos parafuncionais – uso de chupeta, sucção digital (chupar o dedo), interposição de língua (ao momento de falar, coloca-se a língua entre os dentes, não permitindo uma fala bem articulada) e a respiração bucal que ocasiona a maior exposição dos dentes ao meio, deixando sem proteção da saliva, mais ressecados e com maior risco a doença cárie.
Estas intercorrências podem começar a se instalar em idades muito precoces, principalmente logo após o nascimento, momento este que a criança está no seu pico de desenvolvimento crânio fácil. Vale ressaltar que crianças com menor tempo de aleitamento materno exclusivo possuem sete vezes maior risco de adquirir esses hábitos, quando comparadas com as crianças aleitadas no seio materno.
Quando o aleitamento materno não é possível, é necessário prevenir problemas que têm maior prevalência nas crianças que não receberam esse tipo de estímulo. Procurar um odontopediatra para, em uma equipe multidisciplinar, acompanhar o desenvolvimento infantil e munir-se de informações faz-se necessário.
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Fonte: Assessoria de Comunicação/CDP