The Crown chega ao fim, assim como o reinado de Elizabeth II chegou em 2022, a série inspirada na vida da monarca concluiu com muita emoção e eloquência, fatos verídicos interpretados com plena visceralidade e veemência, aproximando o público da rotina da família real britânica.
Com dez episódios, a sexta temporada trouxe acontecimentos mais próximos da atualidade, mostrando o relacionamento de Diana com os Al-Fayed, aproximação oportuna de Charles e Camilla, o crescimento e amadurecimento de William e Harry, a trágica morte da princesa, que partiu deixando saudades e um legado imensurável ao mundo. Além é claro, dos altos e baixos da rainha, e enfrentou a rejeição de seus súditos, o confronto direto com mais um primeiro ministro, com as diferenciações de pensamentos e ideias contrárias aos princípios reais, e ainda as perdas e conflitos vindo de sua própria família.
Uma temporada decisiva e conclusiva, que mostrou o lado humano da família real, com suas vontades e anseios em frente de milhares de pessoas os observando e tomando conta de cada passo dado por cada um deles. Intimidades, desejos e virtudes expostas de maneira profunda e categórica, onde qualquer falha é visto como indiferença, esquecendo de por trás da coroa, há pessoas envolvidas, com sentimentos e coração batendo e buscando pelos próprios objetivos.
Assim como as temporadas anteriores, essa não foi diferente, e levou o lado humano e visceral de uma rainha que assumiu o posto muito jovem, e partiu deixando um legado diferenciado e de poder para o povo inglês e ao mundo, mostrando que a essência é a virtude de cada um está nas atitudes e não apenas nos protocolos e desejos pessoais. The Crown foi expressiva, emocionante e comovente em envolver o público num drama loquaz quão impressionante.
Lúcio Amaral é jornalista e advogado pós-graduado em Direito e Processo Trabalhista. Certificado de Estudos Aprofundados em Psicanálise. Ganhador do II Prêmio de Rádio e Jornalismo em Saúde e Segurança do Trabalho, promovido pelo MPT em 2008.