Pesquisa inédita revela que mais da metade dos brasileiros já foi vítima de assalto; maioria vê piora na segurança. O levantamento realizado em parceria entre a Quaest e a UFMG indica que tanto os eleitores de Lula quanto os de Bolsonaro notam um aumento da criminalidade nos últimos 12 meses.
O estudo também revela que 81% dos entrevistados consideram a segurança pública e o crime organizado como problemas nacionais, e 83% acreditam que as facções criminosas estão ganhando força. A pesquisa entrevistou presencialmente 2.007 moradores de todas as regiões do Brasil entre 10 e 16 de novembro, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Quando analisamos a distribuição geográfica, observamos que a exposição a roubos e furtos é ainda mais pronunciada no Norte, onde 72% das pessoas já foram vítimas desses crimes. A percepção de agravamento da violência, por sua vez, é predominante em todas as regiões, variando de 83% no Sul e 81% no Sudeste a 69% no Centro-Oeste.
A sensação de que a criminalidade está aumentando é alta tanto entre eleitores de Lula quanto entre os de Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022, embora seja mais acentuada no segundo grupo, com 71% a 88%. Além disso, é um pouco mais intensa nas faixas de maior renda. Enquanto 76% dos que ganham até dois salários mínimos percebem o crescimento da violência, essa parcela é cinco pontos percentuais maior nas demais faixas.
Uma parcela menor da população percebe o agravamento do problema em suas cidades em comparação com o restante do país. Cerca de 56% alegam um aumento da violência em seus municípios, enquanto 31% afirmam que a situação permanece igual. Segundo o cientista político Felipe Nunes, da Quaest e professor da UFMG, essa discrepância pode ser atribuída à influência das experiências de outras pessoas, como vizinhos e parentes, bem como às notícias e redes sociais. Os dados sugerem que os brasileiros veem a segurança como um desafio estrutural. Apenas 16% dos entrevistados consideram a violência e o crime organizado como problemas de determinadas regiões.
A segurança pública, um tema sensível para o governo Lula (PT), a ponto de considerar a criação de um ministério específico para o setor, representa um problema que preocupa cada vez mais a população, conforme uma pesquisa inédita realizada pela Quaest em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais. O levantamento revelou que mais da metade dos brasileiros (51%) afirma já ter sido vítima de assalto, furto ou roubo pelo menos uma vez na vida. Esse número aumenta para 85% quando os entrevistados são questionados se conhecem alguém que foi vítima desses crimes.
O estudo também destaca que a sensação de insegurança cresceu na percepção da população. Oito em cada dez brasileiros enxergam um agravamento da violência no país nos últimos 12 meses, período que coincide com as posse dos governadores e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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