Depois de 30 anos praticamente sem manutenção, o governo do Estado começa a realizar a recuperação estrutural do Canal do Pataxó, importante equipamento, com nove quilômetros de extensão, para o abastecimento humano, irrigação e aquicultura no Vale do Açu.
“Existe um esforço de parceria com a Caern e com as prefeituras de Itajá e Ipanguaçu para atacar, de forma definitiva, e não apenas pontual, os problemas estruturais do Pataxó”, disse o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Paulo Varella. O serviço, esclareceu o secretário, vai demandar tempo porque o canal não pode parar completamente por muito tempo. “Esse problema será enfrentado, de forma planejada e estruturante, por determinação da governadora Fátima Bezerra”, reforçou Varella.
O Canal do Pataxó é uma obra pública hídrica de perenização do rio Pataxó. A captação é feita na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório de água doce do Rio Grande do Norte, com capacidade para 2,38 bilhões de metros cúbicos.
Segundo informou o secretário-adjunto da Semarh, Auricélio Costa, na 29ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piancó-Piranhas-Açu, o plano de recuperação do canal foi elaborado levando em conta o menor impacto possível à população, daí porque demandará mais tempo para ser concluído. “Em alguns momentos será necessário secar totalmente o canal para os reparos no concreto e isso não pode ser feito de uma vez num período longo, então vamos intercalar pequenos desligamentos com a liberação de um pulso de água para alimentar o rio. É como tirar vazamento da caixa de água de sua casa. Há o transtorno inicial de ter que esvaziar o reservatório para fazer os reparos”, exemplificou Auricélio.
Visando evitar o colapso da estrutura e propiciar a continuidade do abastecimento do canal foram realizadas intervenções em dois pontos (by-pass) e instalada uma adutora provisória, já em pleno funcionamento, para prover os municípios abastecidos pelas águas da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, enquanto as obras de manutenção são realizadas. O prazo previsto para conclusão é março de 2024.
Inaugurado em 1995, o canal tem como empreendedor a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e órgão regulador o Instituto de Gestão de Águas do Estado do Rio Grande do Norte (IGARN).
Imagem: SEMARH
Fonte: ASSECOM/RN