A anemia é a doença do sangue que mais afeta pessoas no mundo, com cerca de dois bilhões de casos.
Ela é resultado da ausência de hemácias, ou glóbulos vermelhos saudáveis. Quando tais estruturas não existem na quantidade adequada, o transporte de hemoglobina, proteína do sangue responsável por abastecer o corpo com oxigênio, fica comprometido. Um corpo que não conta com todo o O2 que precisa, por sua vez, pode sofrer de sintomas como fadiga, dores no peito, tonturas ou batimento cardíaco acelerado.
Para detectar se alguém é anêmico, o exame mais comum é o hemograma. Após a coleta de amostras, o paciente inicia uma espera que costuma demorar dias: o sangue retirado vai para um laboratório, que analisa o material a partir de aspectos como quantidade de hemácias, plaquetas e glóbulos brancos, e elabora um relatório. Depois de buscar a papelada, o paciente precisa fazer uma visitinha ao médico, que interpreta os resultados e dá o diagnóstico.
Uma nova tecnologia promete simplificar esse caminho. Pesquisadores da Universidade Emory, nos Estados Unidos, conseguiram treinar um algoritmo para analisar a coloração das unhas de uma pessoa e detectar a situação da hemoglobina presente em seu sangue. Sim, unhas podem ser bons indicadores para o nível de hemoglobina do sangue, dispensando a coleta de sangue. É que as unhas não contêm células que produzem melanina, e poderiam mascarar sua cor original.
A ideia é ainda mais interessante porque não é preciso de um scanner para as mãos nem nada do tipo. Basta uma foto tirada com um smartphone comum e o diagnóstico se acusa na hora. Um estudo sobre a ideia foi publicado na última terça-feira (4), na revista científica Nature Communications.
Fonte: Revista Superinteressante
Imagem: RunPhoto/Getty Images