A osteoporose — doença crônica relacionada ao enfraquecimento progressivo da massa óssea — é uma condição silenciosa. Segundo o Ministério da Saúde, acomete uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens no Brasil. Apesar de recorrente, ainda é subestimada pela população em geral.
No País, cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a enfermidade. No entanto, apenas 20% têm conhecimento do diagnóstico. O cenário gera preocupação, uma vez que a doença provoca, em média, 200 mil óbitos anuais.
O Dia Mundial e Nacional de Combate à Osteoporose, celebrado em 20 de outubro, reforça a importância da atenção à saúde. Nesse sentido, a geriatra Isabela Cruz, da Hapvida NotreDame Intermédica, explica a importância de se atentar aos sinais de alerta e menciona os riscos relacionados a fraturas.
“Esse problema gera dores crônicas, menor mobilidade, internação prolongada e tempo sem produtividade. O prejuízo individual, social e econômico é muito grande. Por isso, todos devem estar dedicados à prevenção. Sem falar que fraturas de quadril têm taxa de mortalidade de 12% a 20% nos dois anos subsequentes ao episódio, sendo mais alta que alguns tipos de câncer”, afirma.
A médica explica que a osteoporose é a principal causa de fraturas na população acima dos 50 anos. Entre as mulheres, o índice é ainda maior. “Naquelas que estão acima dos 45 anos, a doença é responsável por mais dias de internação do que outra enfermidade, como o infarto do miocárdio e o câncer de mama. Estamos falando de um problema silencioso, fatal, deletério, que causa múltiplos prejuízos e impacta a independência das pessoas, pois agrava a dificuldade de mobilidade e atrapalha o cumprimento das tarefas cotidianas”, reforça.
Ao pontuar os fatores de risco para a doença, a especialista ressalta que o envelhecimento gera, naturalmente, perda de massa óssea. A osteoporose também pode surgir a partir do uso de corticoides sem acompanhamento médico, além de acometer pessoas em tratamento contra alguns tipos de câncer — como o de mama e o de próstata. Estão mais suscetíveis, inclusive, pessoas com diabetes, baixa massa muscular, doenças gástricas, problemas na tireoide e exposição solar insuficiente.
Além disso, a ingestão exagerada de álcool, o tabagismo e o sedentarismo são sinais de alerta que podem ser enfrentados por meio da adoção de hábitos saudáveis e do acompanhamento médico periódico. Isabela Cruz salienta a importância de uma avaliação por um especialista.
“É preciso identificar se a perda óssea é primária, se está associada à menopausa e ao envelhecimento, se há outras doenças específicas ou se alguns medicamentos estão causando esse efeito”, detalha Isabele.
Depois de diagnosticada a doença, o paciente deve elucidar todas as dúvidas com um profissional e rever, dentro da rotina, aquilo o que está aumentando o risco de desenvolver a osteoporose.
“Além dos medicamentos, que vão melhorar a qualidade dos ossos, o tratamento é feito a partir da mudança de alguns hábitos de vida, inclusive nutricionais, com ingestão de leite e derivados, além da suplementação de cálcio e de vitamina D”, finaliza a médica sobre a doença que requer atenção da sociedade, especialmente dos idosos e daqueles que estão responsáveis por eles.
Crédito da Foto: Divulgação e Reprodução/Folha Metropolitana
Fonte: Assessoria de Imprensa/Camila Araújo