O primeiro emprego é sempre um grande desafio para todos. O jovem providência a carteira de trabalho e com toda animação vai em busca das oportunidades da sonhada vaga. E, logo de cara, bate de frente com uma frase preocupante no anúncio: “necessita de experiência de tanto tempo”. Lá com os seus botões, o candidato se pergunta: o que fazer? O gestor de carreiras e professor universitário, Ricardo Machado, dá algumas dicas para enfrentar o problema.
“Sabe aquele caderno que compramos no início do ano e que ainda não teve a oportunidade de passar pelas aulas? Esta é a carteira de trabalho do jovem brasileiro, ainda aguardando para passar pelas primeiras experiências de uma vida profissional. Mas nem tudo está perdido, porque a boa notícia é que ao longo dos últimos dez anos o mercado tem corrigido esta questão”, destaca Ricardo Machado.
Segundo ele, o candidato ao primeiro emprego pode ficar inseguro por não ter uma experiência profissional. “Neste caso, sem experiência, as empresas vão focar em dois fatores: formação e atitude. Para a primeira, a minha sugestão é não ficar no comum. Não fique apenas na formação tradicional que esteja fazendo, seja o ensino médio, superior ou pós-graduação. Busque mais que isso. É importante ser diferenciado. Saia do grupo comum. Tenha mais coisas para apresentar que podem ser o diferencial a seu favor. Faça cursos de extensão ou cursos livres ou assista ao máximo de palestras que puder. E nos dias atuais, as faltas de tempo e de dinheiro já não impedem mais, pois existem cursos gratuitos online” aconselha Machado.
Ricardo Machado frisa que outra avaliação que será focada na entrevista é a atitude do candidato. “Isso pode ser avaliado na hora da entrevista de emprego ou nas dinâmicas de grupo. O importante é responder as perguntas com confiança e demonstrando interesse sobre as atividades do cargo e da empresa. Muitos candidatos que possuem um currículo menos competitivo compensam a diferença com esta palavra mágica: atitude. E sobre a empresa, o jovem pode saber tudo no site e nas redes sociais da organização a qual está participando do processo de seleção. Só vá para uma entrevista depois de ter estudado a empresa”, frisa.
Outra dica importante que o gestor de carreira faz questão de realçar, é a iniciativa de ajudar ao próximo, ter um comportamento solidário. “Uma ação de humanidade é importante. A decisão de ajudar o outro ser humano em um momento de dificuldade pode ajudar também na busca do primeiro emprego. Ajudar os outros é sempre bom. Mas o que isso ajuda na prática no processo seletivo? Simples. O candidato demonstra empatia e capacidade de ser colaborativo, mesmo sem um retorno financeiro. E esta visão vai ao encontro do atual cenário corporativo. Esse olhar diferenciado para o outro é importante na vida profissional tanto para os experientes quanto para os iniciantes”, conclui Machado.
Dicas para aumentar a chance de conseguir o primeiro emprego
- Fazer cursos gratuitos, assistir palestras presenciais ou on-line;
- Fazer trabalho voluntário. Pode ser no seu bairro, em uma ONG, escolas ou igrejas, por exemplo;
- Fazer currículo e carta de apresentação atraentes. Fuja de frases ou estruturas comuns;
- Manter o foco na busca de oportunidades. Entenda o trocadilho: “buscar trabalho dá trabalho”. Então, invista tempo em navegar por sites, blogs ou aplicativos de emprego. Se puder, todos os dias reserve um tempinho para buscar emprego. Oportunidade de emprego também é estar na hora certa no momento certo;
- Manter as redes sociais de forma construtiva. Entenda a questão. A rede social é sua. Você pode colocar o que desejar. Mas, as empresas que vão te contratar, muito provavelmente vão visitar as suas redes. Vão ver o que você posta. E você gostaria de ganhar um like do seu recrutador, não é verdade?
Milhões de jovens desempregados
“Um diagnóstico inédito sobre dados específicos da empregabilidade de jovens no Brasil – feito pela Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego – revela que, dos 207 milhões de habitantes do Brasil, 17% são jovens de 14 a 24 anos, e desses, 5,2 milhões estão desempregados, o que corresponde a 55% das pessoas nessa situação no país”. Fonte: Agência Brasil
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Fonte: Assessoria de Comunicação