Jovem do RN foi morto por estrangulamento em Foz do Iguaçu, confirma perícia

A Polícia Civil investiga o que aconteceu e trata o caso como extorsão seguida de homicídio.

O jovem era empresário e tinha vindo a Foz do Iguaçu com o objetivo de comprar celulares no Paraguai para revender. A família disse à polícia que desde a última sexta-feira (4) não conseguia contato com ele.

Diante do desaparecimento, familiares vieram do Rio Grande do Norte para o Paraná. O sepultamento do corpo de Kauet está previsto para esta quarta-feira (9) em Parnamirim (RN).

De acordo com a família, há cerca de dois anos o jovem tinha lojas de revenda de celulares. As investigações revelam que, antes de ser morto, o jovem foi obrigado a fazer transferências bancárias a terceiros no valor total de R$ 86 mil.

O delegado Rodrigo Souza, responsável pelas investigações, afirma que, por enquanto, todos os suspeitos são de outros estados.

“Todos os envolvidos, a princípio, são de fora. O fato só aconteceu aqui, mas não tem nenhum envolvimento com o Paraguai, não tem nenhum envolvimento com Foz do Iguaçu, com pessoas de Foz do Iguaçu até o momento”, disse.

O desaparecimento do jovem foi informado à polícia no domingo (6). No mesmo dia, a corporação localizou o motorista de aplicativo que desembarcou a vítima no cruzamento da Avenida Paraná com a Rua Florianópolis, perto da casa onde o corpo foi encontrado.

Imagens de câmeras de monitoramento registraram o desembarque do jovem e ele entrando no imóvel – também reservado por aplicativo. O motorista não é considerado suspeito.

Tio da vítima, o comerciante Luis Carlos Nascimento relata que o sobrinho saiu de Natal em voo às 17h40 da última quinta-feira (3). Kauet fazia de duas a três viagens por mês ao Paraguai para comprar os celulares.

Roberto Soares é primo da vítima e disse que a família perdeu o contato com Kauet por volta das 13h daquela sexta. Antes, relata, o jovem pediu R$ 70 mil ao sócio e, com o dinheiro, repassou o valor à conta de terceiro.

Na sequência, também de acordo com o primo, Kauet pediu mais de R$ 10 mil ao pai para fazer operação semelhante.

“A gente não desconfiou de nada. Cerca de dez minutos depois [das transferências] perdemos o contato com ele”, afirma o tio.