O Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Parque) atingiu, nesta semana, o marco de 100 empresas credenciadas. Maior polo de TI do Rio Grande do Norte, a entidade comemora o feito ao mesmo tempo em que se fortalece como uma marca de sucesso, trazendo para Natal o status de centro efervescente de inovação e desenvolvimento tecnológico.
No Brasil, apenas sete parques tecnológicos, além do Metrópole, apresentam 100 ou mais credenciamentos, segundo estudo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), feito em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV). Ainda de acordo com o MCTI, a média de credenciamentos por parque é de aproximadamente 50, metade do número alcançado pelo polo de TI ligado ao Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN).
Em Natal, as empresas do Metrópole Parque respondem pela geração de mais de 2,5 mil empregos diretos, estabelecem negócios em 23 segmentos de mercado e algumas têm atuação em todo Brasil e até no exterior. O faturamento delas, visto em conjunto, já chegou a R$ 200 milhões, levando-se em conta o último levantamento realizado pela entidade, em 2021.
Segundo o diretor do Metrópole Parque, Rodrigo Romão, chegar ao número de 100 empresas credenciadas representa o fruto de um trabalho bem-sucedido da equipe da entidade, tanto no que diz respeito à atividade de prospecção ativa de negócios, como no que se refere ao fortalecimento do polo de TI – o que tem levado cada vez mais empresas a buscarem, elas mesmas, o credenciamento.
“Considerando outros grandes polos de tecnologia da região, alcançamos uma marca bastante considerável. O Porto Digital, por exemplo – que é um dos maiores e mais antigos parques tecnológicos do Brasil, localizado em Recife – alcançou o mesmo número de empresas apenas depois de sete anos. Nós estamos fazendo o mesmo antes de completarmos seis anos de existência”, compara Romão.
Benefícios
Os empreendimentos que se instalam na área geográfica do Metrópole Parque e se vinculam à entidade têm acesso a uma série de benefícios, como serviços tecnológicos, consultorias, incentivos fiscais, atividades de capacitação, redes de networking e um sistema de incubação de negócios. Rodrigo Romão afirma que são atrativos como esses que fazem com que o parque tecnológico natalense seja um dos que mais crescem na região.
Um exemplo de empreendimento beneficiado por esse sistema de serviços está no ESIG Group, cuja empresa-mãe, a ESIG Software, nasceu dentro do que viria a ser a incubadora de empresas do Metrópole Parque. Além disso, e assim como várias outras empresas vinculadas à entidade, o grupo hoje faz uso de serviços de informática como os de suporte em processamento de dados e conectividade.
Um outro exemplo, vivido por uma empresa que ingressou recentemente no ecossistema do Parque, é o da e-Rentav, startup ligada ao seu programa de incubação de empresas. Detentora de uma plataforma que auxilia investidores com serviços tributários, a empresa credenciou-se em agosto de 2022 e tem experienciado transformações importantes desde então.
“Percebo avanços tanto em nível pessoal, já que o ambiente do Parque nos permite ter uma postura e uma cultura mais profissional no trabalho, como em nível institucional, porque fazemos parte de um ambiente tecnológico e recebemos consultorias e treinamentos. Foram esses, aliás, alguns dos atrativos que nos trouxeram para cá”, comenta o CEO da e-Rentav, Guilherme Henrique.
Diferentes perfis
Em seus seis anos de história, o Metrópole Parque acumulou o credenciamento de empresas com diferentes perfis, detentoras de produtos e serviços que atendem aos mais variados segmentos, como saúde, indústria, gestão, direito, conectividade, entre outros.
Rodrigo Romão explica que, em termos de porte empresarial, o Parque é destaque pela diversidade, especialmente por abrigar tanto grandes negócios, com anos de mercado, como pequenas empresas que começam a dar seus primeiros passos.
“Somos um ambiente ‘agnóstico’, para utilizar um termo do mundo dos investimentos. Ou seja, não temos uma identidade específica, mas sim um ecossistema aberto para qualquer tipo ou tamanho de empresa. Atendemos desde as startups que começam hoje até grandes negócios detentores de prêmios nacionais”, enfatiza o diretor.
Além do benefício oferecido aos já existentes, novos negócios também têm surgido por meio dos incentivos disponibilizados pelo ambiente de inovação e empreendedorismo do Metrópole Parque. Isso acontece especialmente no contexto das spin-offs – empresas que derivam de uma instituição mãe, ganhando “vida própria” e atingindo novos mercados.
Esse foi o caso, por exemplo, do ESIG Group, que em 2019 criou sua segunda empresa, a Quark Tecnologia. Segundo o CEO do grupo, Gleydson Lima, todo o ecossistema do Metrópole Parque é muito importante, especialmente pela proximidade com a universidade e também com outras empresas. “Quanto mais o polo cresce, mais a região onde ele fica se desenvolve”, disse.
Fonte: Agecom/UFRN