Está chegando nesta quarta-feira 23 (vinte e três) de outubro, a nova série original Netflix: Wandinha. O GeekBlast teve acesso aos 8 (oito) episódios e podemos afirmar que o legado dos Addams segue uma linha bem interessante, mas ainda precisa amadurecer mais.
Inteligente, sarcástica e apática, Wandinha Addams pode estar meio morta por dentro, mas na Escola Nunca Mais ela vai fazer amigos, inimigos e investigar assassinatos.
O traço expressionista alemão de Tim Burton é muito visível na obra, afinal, estamos falando de uma personagem com uma personalidade gótica muito presente. Wandinha ao longo de 8 episódios mostra a evolução e uma desconstrução da Wandinha que não precisa de ninguém.
A série traz boas referências, Carrie, A Estranha está presente na cena do baile sangrento, inclusive a adição de Christina Ricci (a Wandinha dos filmes dos anos 1990) é uma delas, entre outras, temos a encenação dos peregrinos igual ao que acontece no segundo filme, e os dois estalos clássico da animação que ficou famosa nos anos 1990.
Wandinha sempre foi uma personagem com um semblante sério e impassível, um humor ácido e inabalável, a protagonista é levada a enfrentar o passado de seus pais, seus demônios interiores e seus medos. Jenna Ortega entrega uma atuação excepcional, um destaque para as cenas em que a personagem está tocando Violoncelo.
A fotografia da série, como citado anteriormente sobre o estilo expressionista de Tim Burton, as cores são mais frias em boa parte da série, planos bem elaborados e uma ótima maquiagem ajudam muito a criar este cenário gótico da série. O CGI em alguns momentos deixam a desejar, mas nada que atrapalhe a experiência.
Em resumo, Wandinha é uma série para toda a família, os mais velhos verão as nuances antigas, os mais novos irão se envolver com a “nova geração”.
Crítica de Fabio Camilo
Fonte: GeekBlast