Infelizmente, tudo indica que ocorrerá os primeiros confrontos de opiniões entre os sindicatos e o Governo do Estado.
Na minha modesta opinião, as partes, notadamente os sindicatos, devem ter uma postura firme, mas prudente e de um pouco mais de compreensão. Não existe varinha mágica de multiplicação dos recursos disponíveis em apenas 10 dias, para o governo Fátima Bezerra, honrar pagamentos superiores a um milhão de reais do passivo dos salários em parcela única.
O Governo está de fato imbuído de abreviar os atrasos acumulados que já duram mais de 36 meses seguidos. Mas é impossível quitar quase que de imediato uma dívida de um passivo de tamanha monta.
Um pouco mais de cautela e paciência, são necessárias no diálogo a ser travado entre os sindicatos e o governo Fátima, que deu demonstrações explícitas que busca uma saída negociada, mas que seja exequível de ser cumprida. Dar um crédito de confiança ao Governo Fátima Bezerra, acho que seria o recomendável, do que se agravar a situação dos hospitais públicos ou da segurança, como ameaçam algumas categorias com greves de advertências sacrificando a população Potiguar.
A médio prazo será possível o resgate do passivo, o FPM está ganhando um reforço em torno de 14% e as arrecadações de janeiro e fevereiro serão boas, vão ajudar na regularização dos salários em atrasos, fora a antecipação dos 4 anos dos Royalties que devem injetar aproximadamente R$ 600 milhões no orçamento do erário.
Mas, não podemos nos iludir, pois nosso Estado, por mais que o Governo Fátima Bezerra deseje, vai continuar administrando às dificuldades de liquidação das folhas mensais, embora com muito mais habilidade e prioridades do que o desastroso Governo de Robinson Faria.
Porém, somente sairemos dessa situação com o equilíbrio da nossa Previdências social, responsável por um déficit de mais 100 milhões por mês e com a retomada do crescimento econômico para gradativamente o déficit fiscais ir sendo reduzido.
Ao lado de freios nos gastos. As medidas de contenção dos custeios estão sendo encaminhadas, foi deflagrada corretamente a calamidade Financeira, que proporciona a permissividade do governo continuar fora do limite prudencial e uma série de medidas que estancam despesas.
A sociedade cobra e espera também, que os poderes legislativo e judiciário continuem com o diálogo aberto, para uma administração mais equilibrada dos seus orçamentos como já iniciaram, agindo em solidariedade ao executivo, assim com as classes patronais e entidades empresárias estão se posicionando em apoio às primeiras medidas da nossa Governadora, em uma espécie de pacto pela Governabilidade do Estado.
Por enquanto, somente faço restrições pela ausência da redução dos números de secretarias, que poderiam ter sido integradas, por enquanto ausentes nas primeiras medidas anunciadas.
Em nossa avaliação, a Governadora escolheu com muito critérios seu Secretariado, com excelentes técnico e gestores experientes, cabendo-nos dar um crédito de confiança ao novo governo, é um mínimo que a prudência indica aos primeiros 180 dias de Governo, da bem intencionada, Governadora Fátima Bezerra.
Ricardo Valério Costa Menezes
Economista e Conselheiro do Corecon-RN
e do Cofecon – Conselho Federal de Economia
Crédito da Foto: Reprodução / Corecon-RN
Fonte: http://www.corecon-rn.org.br