A abertura do evento “Jorge Fernandes e a Modernidade Poetizada” foi realizada pelo reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, na tarde desta sexta-feira, 11 de novembro, na Galeria Conviv’art do Núcleo de Arte e Cultura (NAC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A programação do evento contou com apresentações culturais e diálogos sobre o poeta com pesquisadores e familiares, entre eles sua bisneta Clarissa Vale, que também lançou o livro “A luz elétrica do seu tempo era a lua cheia: Jorge Fernandes, uma poética modernista”.
O reitor da UFRN, Daniel Diniz, destacou o perfil de vanguarda do escritor modernista homenageado. “Os diferentes não são excludentes. Vanguarda mesmo é aliar o moderno com o tradicional, o universal com o local e o urbano com o rural. Assim como fez, em sua obra, o poeta modernista, Jorge Fernandes”. O gestor agradeceu ainda a iniciativa do NAC, que faz parte da programação em alusão aos 100 anos da Semana de Arte Moderna.
Na mesma perspectiva, a diretora do NAC, Teodora Araújo, ressaltou o caráter autêntico e inovador da escrita de Jorge Fernandes, visto que seu legado repercute até hoje em estudos na educação básica e na produção científica e cultural universitária, bem como no teatro.
A diretora do NAC, Teodora Alves, resumiu a obra de Jorge Fernandes como uma poesia “menos literalista e mais da ordem do sensível”. A professora também explicou que a homenagem ao natalense tem o intuito de destacar a história e obra de um homem “de vida simples e extraordinária”.
O evento contou ainda com uma mesa de debate para abordar os aspectos da poética modernista jorgeana a partir dos estudos do professor e pesquisador Umberto Hermenegildo, com as participações da pesquisadora Clarissa Vale e da professora Célia Ribeiro.
Jorge Fernandes
O poeta Jorge Fernandes é reconhecido como precursor da poesia moderna no Rio Grande do Norte, por mostrar as transformações sociais de seu período, mesclando temáticas diversas, como máquinas, divagações românticas e paisagens sertanejas. Sua escrita é marcada pela liberdade dos versos, a ausência de pontuação, a linguagem coloquial e a sonoridade das palavras ou, simplesmente, a cadência de sílabas. Por sua inventividade, do cenário local, destacou-se nacionalmente, conquistando a admiração de renomados autores, como Mário de Andrade e Manuel Bandeira.
Fonte: Agecom/UFRN