Os cuidados ao paciente com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) são cada vez mais aprimorados, exigindo preparação por parte das equipes multiprofissionais que atuam na busca pela promoção do bem-estar desse público. Nessa perspectiva, pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), em parceria com o Departamento de Fisioterapia (DFST/UFRN), construíram um programa educacional de autocuidado, via telessaúde e cartilhas, para investigar seu efeito na sobrecarga e qualidade de vida de cuidadores de pessoas com ELA.
Parte dos resultados alcançados pelos pesquisadores está publicado no artigo científico intitulado Impact of physiotherapy with telerehabilitation on caregivers of patients with neurological disorders: A systematic review protocol, publicado na Revista Frontiers, uma dos mais importantes periódicos da área da saúde. O trabalho traz um protocolo de revisão sistemática para avaliar o impacto da telerreabilitação na sobrecarga, estresse, dor e qualidade de vida de cuidadores de pessoas com diagnóstico de alguma condição neurológica.
De acordo com a professora Raquel Lindquist, uma das autoras do artigo, a expectativa é de que a revisão dos protocolos possa sistematizar estratégias de telerreabilitação para a saúde pública, a fim de melhorar a assistência aos cuidadores. “Com esse trabalho, poderemos identificar a melhor forma de gerenciar a assistência, uso, objetivos e resultados para favorecer uma melhor condição de saúde para cuidadores de pacientes com distúrbios neurológicos”, argumentou a pesquisadora.
Sobre a ELA
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é considerada uma doença neurodegenerativa rara, que causa limitações relacionadas a cognição, comportamento, respiração, ingestão de alimentos, fala e movimento. Na progressão da doença, os pacientes tornam-se cada vez mais dependentes de seus cuidadores, comumente, gerando uma sobrecarga, redução de tempo para autocuidado e da qualidade de vida.
Para atender a pacientes com ELA, o LAIS desenvolve o projeto revELA, desde 2019, envolvendo diversas ações e produtos para o melhor atendimento dos pacientes, por meio de possibilidades de autonomia e convivência em sociedade. Todas as ações são baseadas em pesquisas voltadas para o desenvolvimento de tecnologias e inovações no tratamento, monitoramento e definição de protocolos.
Fonte: Agecom/UFRN