O fim das celebrações de Ano-Novo marca o início das tradicionais cobranças de impostos e gastos com educação, despesas que pesam no bolso e podem se tornar uma dor de cabeça aos brasileiros que não se prepararam para os pagamentos adicionais.
Neste período, surgem os pagamento de IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e materiais escolares, que se unem às contas de luz, água e telefone.
“Você acaba tendo uma carga maior de gastos que vão estourar agora em janeiro, fevereiro e março. Por isso, o primeiro trimestre exige muita atenção e um pouco mais de cuidado em relação aos ganhos e gastos para saudar esses compromissos extraordinários”, explica Domingos.
Impostos:
Já no mês de janeiros, os motoristas precisam lidar com o pagamento do IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores). O valor cobrado é calculado com base no preço de mercado do veículo e varia de acordo com o Estado, modelo de veículo e tipo de combustível utilizado para a locomoção.
No Estado de São Paulo, os valores a serem pagos a partir da próxima quarta-feira (9) variam entre R$ 10,44 e R$ 159 mil. De acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado, os desembolsos serão, em média, 3,34% menores do que os pagos no ano passado.
Os motoristas que deixarem de pagar o IPVA fica sujeito a multa de 0,33% por dia de atraso e juros de mora com base na taxa Selic. Passados 60 dias, o percentual da multa fixa-se em 20% do valor do imposto.
Outro imposto tradicional deste início de ano é o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Na cidade de São Paulo, os valores foram reajustados em 3,5%.
Em alguns locais, é possível obter desconto ao optar pelo pagamento do IPVA e do IPTU à vista. De acordo com Domingos, a opção só é válida para aqueles que tiverem uma reserva adicional para arcar com outras despesas.
“Se você tiver apenas o valor necessário para quitar o pagamento, é melhor que você parcele e não pague à vista, porque você precisa continuar com reservas para uma outra eventual necessidade”, afirma o educador financeiro, que completa: “Você pode pensar que nenhuma aplicação vai te dar um rendimento de 3% em dois meses. É verdade, mas se você ficar sem reservas vai buscar esses recursos em alternativas mais caras, como o cheque especial”.
Gastos escolares:
Os pais terão ainda um aperto adicional neste início de ano com a compra da lista de materiais escolares. A Abfiae (Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares) estima que os itens devem estar, em média, 10% mais caros.
De acordo com a Abfiae, os valores mais altos são guiados pelo reajuste no preço do papel em 2018 e a alta do dólar, que influencia o preço de até 25% dos objetos usados pelos estudantes, que têm origem no exterior.
Fonte: R7
Imagem: iStock