Dona Maria Eremita, de 81 anos, sofreu com a situação das unidades de saúde lotadas em Natal. Nesta segunda-feira 18, a idosa esteve acompanhada de sua neta, Ana Carolina Dantas, e enfrentou dificuldades para conseguir um atendimento, chegando a ficar quatro horas na maca de uma ambulância em um estacionamento. A mulher só teve atendimento após a intervenção de uma advogada. As informações são do Bom Dia RN/InterTV Cabugi.
A neta conta que teve dificuldades também para levar a idosa até um hospital no momento do mal estar. “Quando ela se levantava para ir para Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), a saturação caía”, disse. Ao chegar nas unidades de saúde, Ana Clara sempre se deparava com a lotação.
Então, a idosa precisou ficar em uma maca de ambulância na porta da UPA do Potengi. Os servidores haviam dito que a unidade estava superlotada e não havia espaço para ela, já que precisava de oxigenação. Segundo a neta, foi necessário chamar outras duas viaturas do Samu para pegar oxigênio e oxímetro, para monitorar a frequência cardíaca da idosa.
Nenhum médico chegou a ir ver a idosa no momento do infarto. A justificativa dos profissionais era o atendimento a outros pacientes também em estado crítico.
Com a demora para fazer o atendimento, uma advogada resolveu intervir e pediu aos médicos para adiantarem o tratamento da paciente.
Ao atender a idosa, o médico disse que um exame swab deveria ser feito, pois ela poderia estar com Covid-19. Ele precisou fazer o procedimento na mulher, devido a falta de servidores responsáveis por isso dentro da unidade.
Com o exame negativo, a idosa recebeu medicação e apresentou melhoras. Em seguida, ela foi entubada e colocada em ventilação mecânica.
Agora, dona Maria Eremita aguarda um leito de UTI devido ter apresentado piora nesta terça-feira 19.
A Secretaria Estadual de Saúde Pública disse que a mulher é prioridade 1 e segue aguardando o leito de UTI.
Imagem: Marco Polo
Fonte: Agora RN