A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (18) os detalhes de uma megaoperação contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro realizada em 16 estados. De acordo com o delegado Ney Luiz, o chefe da quadrilha estava preso em Pernambuco e foi transferido para um presídio federal .
“Quase todos [os integrantes da quadrilha] eram empresários, pessoas que não levantavam qualquer tipo de suspeita”, afirmou o delegado.
Os empresários envolvidos com o grupo criminoso eram os principais destinatários do dinheiro ligado ao tráfico de drogas. “Tinham empresas que mesclavam, na sua operação, atividade legal e ilegal”, disse Ney Luiz.
Os investigadores detalharam que, entre os R$ 1,8 bilhão em ativos e bens bloqueados, estavam 51 propriedades urbanas e rurais, uma aeronave avaliada em R$ 5 milhões e R$ 24 mil em espécie, além de 98 veículos avaliados, ao todo, em R$ 11,8 milhões. Também foram apreendias 15 armas, e drogas como cocaína, crack e maconha.
Durante a Operação Smurfing, foram cumpridos 75 mandados de prisão e 45 de busca e apreensão em Pernambuco e nos estados do Rio Grande do Norte, Amazonas, Piauí, Maranhão, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Alagoas, São Paulo, Acre, Minas Gerais e Bahia.
De acordo com o delegado, uma das empresas financiadas pela quadrilha fica no Paraná e é bastante conhecida. “Uma empresa de barco grande, bastante conceituada, que recebia dinheiro oriundo do tráfico de drogas de Ipojuca”, contou Ney Luiz.
O dinheiro originário do tráfico de todos os tipos de droga era “legalizado” através da compras de imóveis, investimentos e outras ações, apontaram os investigadores.
Dos presos, 20 estavam em Pernambuco. Em Mato Grosso, foram capturadas outras 30 pessoas e uma pista clandestina de pouso foi identificada em uma fazenda. A polícia continua em busca de outros 29 integrantes do grupo criminoso.
Fonte: G1 RN