O Governo do Estado, através da Fundação José Augusto, inicia estudos para a recuperação do casarão dos Guarapes, no município de Macaíba. O casarão foi o maior centro comercial do Estado no século 19 quando recebia e enviava mercadorias para os EUA e Europa por via marítima. Construído em 1858 por Fabrício Gomes Pedroza – avô de Alberto Maranhão, Pedro Velho e Augusto Severo e fundador da cidade de Macaíba – foi tombado pelo patrimônio estadual em 1990.
A FJA vai analisar um antigo projeto de recuperação e avaliar como a recuperação poderá ser feita. “O nosso Governo tem grande atenção à preservação da história e cultura. Tanto é que este ano vamos entregar seis patrimônios históricos totalmente recuperados – a biblioteca Zila Mamede, fechada há 10 anos, o Memorial Câmara Cascudo, a Fortaleza Reis Magos, que estava sem conservação há 15 anos, a Pinacoteca, o Teatro Alberto Maranhão, e o Complexo Cultural da Rampa”, afirmou a governadora professora Fátima Bezerra.
“Assumimos um Estado em péssima condição financeira e fiscal. Mas temos uma equipe preparada e comprometida, conseguimos sair da UTI, reposicionamos o Estado para o desenvolvimento e também temos foco na cultura”, acrescentou Fátima Bezerra em audiência concedida, nesta quinta-feira 22, ao ex-deputado, ex-conselheiro do TCE e escritor, Valério Mesquita que esteve acompanhado da advogada Isabela Varela. A secretária adjunta do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas) Maria Luíza Tonelli também participou da audiência.
O presidente da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto lembrou que o Estado já teve alocado recursos no Orçamento Geral da União para recuperar o casarão, mas não houve execução. “Vamos analisar o projeto, juntamente com a secretaria de Infraestrutura (SIN), e discutir como viabilizar a recuperação deste patrimônio importante da história do RN”, disse Crispiniano.
Valério Mesquita, que voltou a integrar o Conselho Estadual de Cultura, reforçou a necessidade da preservação e valorização da cultura. “Macaíba foi o maior entreposto comercial do Rio Grande do Norte que funcionou no casarão do Guarapes, um marco na história de Macaíba e do Estado”, enfatizou Valério. Pelo que representou no passado, o casarão do Guarapes foi cogitado pela Federação do Comércio do RN (Fecomércio) para abrigar um memorial do comércio contando as várias fases desta atividade econômica.
Imagem: Raiane Miranda
Fonte: Assecom/RN