O ministro da Economia Paulo Guedes disse que quer tributar os livros, pois segundo ele “pobres não consomem livros não didáticos”, causando desconforto não só em alguns senadores e deputados, mas principalmente nos profissionais da área cultural, em si a literária, que lutam para conseguir atingir todos os públicos sem distinção de classe, então vêm um ‘ministrinho’ de um (des)governo que não tem convicção alguma de qualquer conhecido do assunto e opina uma expressão dessa, justificando em um projeto de excluir e empobrecer a culturalmente à população brasileira.
Um dos CEO da Santos Comic Expo, Claudio Roberto falou sobre a Cultura e a Educação do povo brasileiro nas periferias pelo país, de que a grande maioria, faz de tudo para conseguir comprar pelo menos o seu livro favorito.
“Infelizmente por questões históricas relacionadas a Educação o povo brasileiro como um todo lê muito pouco. Mas é falso afirmar que apenas pessoas abonadas se dedicam a leitura. Em uma rápida visita a qualquer periferia brasileira encontramos facilmente pessoas que apesar das dificuldades financeiras ainda compram livros.” falou Claudio, sobre a cultura nas periferias brasileiras.
Basta vermos em grandes eventos literários e quadrinhos, em que na área destinada aos artistas, é onde encontramos os leitores de baixa renda, pois enquanto os mais favorecidos vão em busca de action figures, vídeo games e comprar fotos com celebridades, os menos favorecidos, acabam ficando na área da literatura. Até porque, um livro é bem barato que um vídeo game.
Pois em vez de ampliar o acesso à leitura, o governo busca a restringir ainda mais a cultura no país, por mais que esse sempre foi o intuito, para que a população fique mais ignorante e alienada, vivendo em função das informações do WhatsApp, como vemos muitos por aí, que usa a rede para se informar.
Mas a Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura, coordenado pelo senador Jean Paul (PT-RN) e pela deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS), lançou um documento contra a Receita Federal, em que recomenda a taxação de livro.
A venda de livros e do papel destinado à impressão é imune à cobrança de impostos, segundo determina a Constituição, mas essa regra não se estende às contribuições. Que teve essa Lei sancionada em 2014, concedendo a inserção do PIS e COFINS sobre a receita da venda de livros e do papel para sua fabricação desses produtos. “Com a taxação o mercado que já não é grande tende a ficar cada vez menos, piorando cada vez mais o quadro de educação e cultura do pais”, falou o design e produtor cultural, Henrique Heo.
Algumas editoras e livrarias do Rio de Janeiro, estão se juntando para derrubar esse projeto e incentivar ainda mais o consumo literário no país, que segundo algumas editoras, a elite do Brasil é uma das que menos lê, bem diferente do que o ministro Paulo Guedes disse, que apenas blasfemou sem ter embasamento algum sobre assunto, apenas para taxar algo de entretenimento da população, para cobrir o arrombo do governo atual, que gasta exacerbado e depois taxa o povo através da cultura, que eles mesmo não usufrui. Se eles quiserem taxar alguma coisa, vão fazer nos iates, aviões e mansões bilionárias, pois aumentar a taxação de livros, não faz sentido algum.
E quanto mais as editoras e livrarias se unirem, mas o incentivo a leitura iria aumentar e assim, os livros ficariam mais baratos, pois mais gente compraria e também, divulgaria ainda mais os autores independentes, que tanto trabalham para conseguir seu espaço, mas por causa de (des)governo anticultura, acabam ficando às margens da sociedade e as livrarias e editoras envolvidas nessa área iriam impedir dessa ação sem nenhum sentido, para não caminharmos para um futuro onde livrarias estarão apenas nas lembranças, como locadoras, que habitam apenas nas nossas lembranças.
Fonte: O Barquinho Cultural