A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte quer manter cerca de 120 leitos críticos criados durante a pandemia do novo coronavírus como ‘legado’ nas regiões do estado, após a crise. O número integra um planejamento que está sendo feito dentro da secretaria, mas que já enfrenta um desafio: o financiamento, segundo afirmou o secretário de Saúde, Cipriano Maia.
Em média, um leito custa R$ 3 mil por dia aos cofres públicos, porém, os que são habilitados pelo Ministério da Saúde recebem repasses federais, que ajudam no custeio. Para o secretário Cipriano Maia, a classe política do estado terá que se unir para buscar a manutenção do co-financiamento e garantir a resolução de um “gargalo histórico no sistema de saúde do estado”.
A rede pública de saúde do Rio Grande do Norte chegou a criar ou contratar 312 leitos de UTI durante a pandemia do novo coronavírus, para atender a demanda de pacientes graves. Mas com a diminuição dos casos, o estado começou a transferir parte dos leitos para o atendimento de outras doenças. Atualmente há 260 leitos para Covid-19.
“Nós temos um planejamento já em curso em que teríamos em torno 120 leitos que manteríamos habilitados nas principais regiões”, afirmou Cipriano Maia em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi, nesta sexta-feira (11). É o caso, por exemplo, dos 20 leitos criados do Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró, de outros 10 em Pau dos Ferros, além de leitos no Seridó e na região metropolitana de Natal.
“Isso tem a ver com financiamento dos novos leitos. Nós já estamos nessa batalha. Tendo essas condições, vamos buscar viabilizar a contratação de pessoal. Por isso é importante toda a classe política, a bancada federal se envolver em viabilizar o financiamento desses leitos”, considerou.
Fonte: G1 RN
Imagem: Sandro Menezes