No Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA. Diante dessa realidade, a Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer – CONIACC promove neste ano a sétima edição da Campanha Setembro Dourado que, além de alertar para os sinais da doença, visa diminuir a taxa de mortalidade, ressaltando a relevância do diagnóstico precoce e o tratamento prévio como fatores essenciais para a cura.
Ainda de acordo com o INCA, no Rio Grande do Norte o número de novos casos estimados chega a 130 por ano, nessa faixa etária, sendo que muitos pacientes ainda são encaminhados aos hospitais de referência com a doença em estágio avançado, ou são subnotificados. O Setembro Dourado é amparado em âmbito estadual pela Lei nº 10.519, que instituiu a campanha estadual sobre o câncer infantojuvenil, protagonizada pelos deputados Cristiane Dantas e Kelps Lima (Solidariedade) e na esfera municipal, pela Lei n° 6.540/15, de autoria da vereadora Julia Arruda (PCdoB), contando ainda com o apoio da Prefeitura do Natal e do Governo do Estado.
Excepcionalmente, este ano, em virtude da pandemia do novo Coronavírus, não será possível realizar mobilizações em escolas e demais instituições públicas e privadas, como em anos anteriores. Apesar disso, o lançamento da Campanha se dará no dia 01 de setembro, no salão nobre do Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura do Natal, com presença limitada de representantes das instituições que lutam contra o câncer na infância e adolescência no Estado, como a Casa Durval Paiva, o Grupo de Apoio à Criança com Câncer – GACC, a Liga Norte Riograndense contra o Câncer e o Hospital Varela Santiago, mantendo as medidas preventivas de segurança à Covid-19.
Durante todo o mês, as capacitações sobre o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil antes feitas presencialmente, vão acontecer virtualmente, por meio de Lives, promovidas pelas instituições parceiras, sendo voltadas à sociedade em geral – esclarecendo sobre os principais sinais de alerta e os tipos de câncer mais comuns em crianças e adolescentes; aos profissionais da educação; profissionais da saúde e ainda aos interessados em conhecer sobre como se dá o fluxo de regulação, ou seja, o caminho percorrido pelo paciente oncológico na busca do diagnóstico que pode levar a cura.
Rilder Campos, presidente da Casa Durval Paiva e da CONIACC, ressalta a importância da iniciativa. “Em detrimento do momento que atravessamos com o advento da pandemia, o diagnóstico e o tratamento do câncer não podem parar e um dos objetivos dessa campanha é estimular ações preventivas que tornem conhecidos ao maior número de pessoas os sinais de alerta da doença. Precisamos fazer com que a sociedade se mobilize em torno do diagnóstico precoce, para que as nossas crianças e adolescentes se tornem adultos curados e sem sequelas”, destaca.
Os principais sinais e sintomas do câncer infantojuvenil são: dores ou aumento na barriga; palidez repentina; manchas roxas pelo corpo; dores nos ossos; ínguas ou nódulos, principalmente nas axilas, pescoço e virilha; perda de peso; mancha branca na pupila (reflexo de olho de gato); dores de cabeça; náuseas e vômitos, acompanhados de dores de cabeça; convulsões; alteração na fala e no andar; dores nos ossos não relacionadas a fraturas, quedas e traumas; nódulos na cabeça, pescoço, braços e pernas; sangramentos em geral e fraqueza. Vale ressaltar que estes sinais e sintomas não significam que a criança ou o adolescente tem câncer. Mas, se apresentar algum deles, é aconselhável levar ao médico para esclarecer e tirar dúvidas.