Pesquisadores da Northwestern University, nos EUA, estão desenvolvendo um dispositivo que promete detectar os primeiros sintomas da covid-19 – e se parece a um band-aid. Ele é um pedacinho de borracha macio e flexível, que deve ser colado no pescoço e detecta a temperatura corporal, a frequência, a intensidade e o som da tosse e da respiração. Por estar próximo da artéria carótida, o gadget também consegue captar a passagem do fluxo sanguíneo e, consequentemente, monitorar a frequência cardíaca – bem como os níveis de oxigênio no sangue (cuja queda é um dos primeiros sinais da doença).
O aparelho ainda terá de ser aperfeiçoado para que diferencie alguns sinais, como uma tosse asmática de uma tosse causada pelo coronavírus. De toda forma, o protótipo deve ser enviado à agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA no final de julho.
Também há médicos apostando nos smartwatches, que muita gente já possui. Michael Snyder, diretor do Centro de Genômica e Medicina Personalizada da Universidade Stanford (EUA), está fazendo testes com esses aparelhos. Um paciente que estava sendo monitorado nos testes de Snyder, por exemplo, mostrou um aumento em sua frequência cardíaca nove dias antes de receber o resultado positivo de covid-19. Situação parecida ocorreu com outros 30 usuários, que mostraram picos de frequência, em média, quatro dias antes do surgimento de outros sintomas comuns da infecção.
Há alguns indícios mais perceptíveis, como febre, tosse e falta de ar, mas esse tipo de acompanhamento com biossensores pode ajudar na identificação dos sintomas silenciosos. Ter esses padrões auxilia na contenção da doença, já que ao notar tais sinais, basta a pessoa praticar o auto isolamento, evitando a propagação do vírus.
Fonte: Revista Superinteressante
Imagem: Northwestern University