Há 50 anos atrás, enquanto o Brasil vivia uma Ditadura Militar árdua que devastou diferentes setores, tais como a cultura, em que muitos artistas tiveram seus trabalhos censurados, o jovem ilustrador, Pedro Mauro, surgia como artista, trazendo seus faroestes estampando aventuras e cenários realistas, rudes e poeirentos, com personagens sujos e sarcásticos, mocinhas lindas com jeito de hippie. E mexicanos, muitos mexicanos. Tais como os filmes Spaghetti Western que tomava as salas de cinema naqueles anos, nascendo então o anti-herói, Pancho.
Pancho não era justo e tampouco se importava em ser bom, sua ânsia por vingança era satisfatória, e ele não tolerava hipocrisia, uma das qualidades deste e de outros personagens principais de Pedro Mauro, que ilustrava seus bangue-bangues, que conquistaram distintos públicos e eram pendurados em bancas de jornais, com suas artes inovadoras, precisas, mostrando uma mistura do cinema italiano com a dinâmica dos storyboards dos comerciais de TV.
Fonte: O Barquinho Cultural