SONETO DAS MÃOS
Ainda tão presentes estão
Tão doces e de etéreo encanto
Aguenta meus fantasmas e enxugam meu pranto
No simples tocar de tuas mãos
Macieza de pétalas rosadas
Aveludada em dúctil deslizar
Caminhos que tornam a segregar
Em sutis partes visitadas
Mãos que abrandam e choram
Que em contrição se ajoelham e oram
E recebem em colo o recém-nascido
Mãos que envelhecem de tanto se dar
Nessa sina de ao amor s entregar
E sepulta o amor adormecido.
Por Múcio Amaral da Costa – Advogado e Poeta Potiguar
Crédito da Foto: Mario Rosa
Fonte: recantodasletras.com.br