O Rio Grande do Norte foi um dos 11 estados que optaram por não aderir ao Programa de Escolas Cívico-Militar, do Ministério da Educação (MEC). Devido à recusa do RN, cidades pertencentes ao estado obtiveram o direito de demonstrar interesse em participar do projeto. Com isto, representantes de Natal, Parnamirim e Mossoró já confirmaram que estão avaliando a possibilidade de adotar o modelo.
O prazo para que os municípios postulantes se cadastrem como interessados em receber o Programa iniciou nesta sexta-feira (4) e irá até o dia 11 de outubro.
O prefeito da capital potiguar, Álvaro Dias (MDB), e a prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini (Progressistas), divulgaram em suas redes sociais que estão analisando o modelo cívico-militar. Antes do prazo da adesão dos estados encerrar, a vereadora de Parnamirim Fativan Alves (PSDB) já havia confirmado o interesse do município no projeto.
“Como gestor não poderia abrir mão de uma oportunidade que vai beneficiar nossos alunos com ensino de qualidade. Parnamirim vai entrar nessa disputa.”, declarou o prefeito de Parnamirim, Rosano Taveira.
Álvaro Dias, na última quinta-feira, 3, publicou no seu twitter que esteve com membros do governo, no Gabinete Civil da presidência, para debater sobre o assunto.
“Estivemos no Gabinete Civil da presidência da República, com a secretária adjunta de Governo, Patrícia Brito Ávila e assessores, tratando da Escola Cívico Militar, para o município de Natal”, contou.
Já a ex-governadora Rosalba Ciarlini criticou os estados que não aderiram ao programa. Para ela, a atitude dos estados que não adotaram foi “partidária”, o que, para Rosalba, foi um “erro imensurável”.
“Acredito que é um erro imensurável dos estados que abriram mão, logo parabenizo o estado do Ceará que não agiu partidariamente e sim pensando no bem-estar e educação de seus jovens”, publicou no seu instagram.
Ainda na fase em que era de responsabilidade do Governo do Estado demonstrar interesse em receber o projeto, vereadores de Parnamirim já se articulavam em uma audiência pública, na Câmara Municipal, com o intuito de debater a implantação de uma escola cívico-militar no município.
De acordo com o presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) e prefeito de São Paulo do Potengi, José Leonardo Cassimiro Araújo, conhecido como Naldinho, ainda não há um levantamento de quantos municípios potiguares deverão se candidatar às vagas, porém ele recebeu relato de alguns. “A gente só deve ter um balanço mais preciso quando o prazo para essa adesão estiver encerrando”, disse.
Ele mesmo afirma que já autorizou a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo do Potengi a inscrever o município. “Eu acho o programa excelente. Acho que é investimento na educação. A educação cívico-militar traz respeito, traz disciplina, ordem, traz progresso, um certo ordenamento da educação, do 6º a 9º ano. Acho excelente investir em educação. Acredito que o Rio Grande do Norte vai conseguir essas duas escolas para fazer um projeto piloto e no próximo ano já ter mais municípios interessados nesse benefício”, afirmou. Com informações do G1 RN.
O Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, é uma iniciativa do MEC, em conjunto com o Ministério da Defesa (MD). Apenas duas escolas serão escolhidas em todo o estado para que o modelo seja adotado. A ideia do Governo Federal é de implantar 216 escolas deste modelo em todo o país, até 2023, sendo 54 por ano. Para que escola possa participar, ela precisa oferecer as etapas Ensino Fundamental II e/ou Médio e, preferencialmente, atenda de 500 a 1000 alunos nos dois turnos.
Crédito da Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fonte: Agora RN