Apenas 11% dos profissionais brasileiros têm algum tipo de problema quando o assunto é diversidade etária, mostra estudo. Segundo pesquisa conduzida pela Mappit, do Talenses Group, praticamente um décimo dos 1.643 profissionais pesquisados vê dificuldade no convívio com outras gerações no ambiente de trabalho. A pesquisa falou com profissionais de diferentes gerações e níveis hierárquicos.
Dos 11%, entretanto, 46% dos respondentes afirmaram ter maior dificuldade de convivência com a geração Z (nascidos de 1991 até os dias de hoje); 29% com a X (de 1965 até 1978), e 18% com os Baby Boomers (de 1946 até 1964). Rodrigo Vianna, CEO da Mappit e responsável pela condução do estudo, acredita que o mercado atingiu um momento de alta complexidade.
Vianna conta que, até poucos anos atrás, as empresas eram formadas apenas por baby boombers e geração X. “Apesar das diferenças, são perfis similares.” De repente, o mercado de trabalho viu a entrada em peso da geração Z. “São pessoas despreocupados com hierarquia, a favor de ambientes abertos e gestões mais horizontais. É um momento único e transformador”, diz.
Para o executivo, o número que mais surpreendeu foi o dos 46% de respondentes que apresentaram dificuldade para trabalhar com a geração Z. Na sua visão, esse perfil mais aberto à diversidade e inovação apresenta um “incômodo positivo” para outros profissionais.
Dos 1.643, 41% afirmaram ser indiferentes quanto à geração do gestor. Enquanto 30% preferem alguém da X ou da Y, por conta do seu comprometimento com a organização; e 21% se mostram a favor de um gestor da Z, “por se mostrar um perfil conectado às novas tecnologias e mais abertos a diversidade de opiniões”.
No entendimento de Vianna, adotar diversidade etária é a melhor maneira de se trabalhar. “O fato de você ter todas as gerações trabalhando juntas traz um conflito colaborativo e, não, nocivo. Eu enxergo as empresas abertas ao novo”, afirma.
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Fonte: https://epocanegocios.globo.com