A delegada Karen Lopes, titular da Delegacia de Polícia de Ceará-Mirim, na região metropolitana de Natal, vai ouvir esta semana os policiais militares que atuaram no último sábado, 10, na partida entre Globo e Botafogo (PB), ocorrida no estádio Barrettão, também em Ceará-Mirim, pela Série C do Campeonato Brasileiro. Antes do início do confronto, um torcedor paraibano, identificado como Eduardo Feliciano Justino da Silva, de 27 anos, morreu após ser supostamente espancado por agentes da força pública de segurança.
Informações do laudo cadavérico produzido pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) mostram que a morte de Eduardo Feliciano “se deu por choque cardiogênico devido a tamponamento cardíaco sequente a laceração cardíaca por trauma contuso”. Ou seja, o óbito ocorreu em razão do efeito de fortes lesões provocadas na região do tórax do paraibano.
Torcedores do clube paraibano acusam policiais militares de serem os responsáveis pela morte do rapaz. “Eduardo Feliciano saiu praticamente morto já do estádio após ter sido severamente espaçando por duas vezes pelos policiais da PMRN, espancado e negligenciado socorro imediato. Os policiais atiraram em todos que estavam ainda do lado de fora do estádio comprando seus ingressos e com suas famílias. Além de espancar um ser humano no chão, desejaram a sua morte”, acusou, em nota, a Torcida Fúria Independente.
A suposta agressão aconteceu antes do início da partida no estádio Barrettão. Um grupo de torcedores paraibanos tentou pular os muros do equipamento esportivo para chegar até a arquibancada. Para evitar que a invasão ocorresse, os policiais militares atuaram para repelir a ação dos torcedores. Foi neste momento, de acordo com informações preliminares de testemunhas, que ocorreu a agressão.
Eduardo Feliciano Justino da Silva ainda foi levado para o Hospital Municipal Dr. Percílio Alves, em Ceará-Mirim, mas não resistiu aos ferimentos.
Fonte: Agora RN
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