O Rio Grande do Norte conquistou dois ouros para o Brasil no Regional das Américas de Halterofilismo, em Bogotá, na Colômbia. O desempenho potiguar, que subiu ao alto do pódio com Maria Rizonaide e João França Júnior ajudou a seleção brasileira a faturar o bicampeonato da competição com 26 pódios. Foram oito medalhas de ouro, oito de prata e dez de bronze. O destaque da equipe foi a paulista Mariana D’Andrea, de 20 anos, campeã da categoria até 67kg feminina e que bateu o recorde mundial júnior da sua divisão ao erguer 116kg.
O país foi representado por 26 atletas na Colômbia – a maior delegação já levada pelo país a um evento internacional. No início do ano, o Comitê Paralímpico Brasileiro já havia levado atletas ao Regional Europeu, para que pudessem pegar mais experiência e também participassem da primeira competição que contaria pontos para o ranking da modalidade que classificará atletas aos Jogos de Tóquio 2020.
Mariana D’Andrea não foi a única mulher a brilhar na delegação. Outras cinco láureas douradas foram conquistadas pelo Brasil nas categorias femininas. A mineira Lara Aparecida (categoria até 41kg), a potiguar Maria Rizonaide (até 45kg), a paraibana Maria Luzineide (até 50kg), a mineira Maria Rita Martins (até 86kg) e a carioca Tayana Medeiros (acima de 86kg) subiram ao lugar mais alto do pódio. João França Júnior (até 49kg), do Rio Grande do Norte, e o catarinense Ezequiel Corrêa (até 72kg) completaram a relação dos brasileiros campeões em Bogotá.
João França Júnior ergueu 141kg, estabeleceu o novo recorde continental da categoria até 49kg e ficou com o ouro. “Eu me sinto muito contente, pois foi uma competição muito difícil. A pressão era muito grande, por ter tido meus primeiros dois levantamentos invalidados. Foi muito difícil, mas eu estava tranquilo pois havia trabalhado exatamente para este resultado. Estou muito feliz por todo o trabalho ter sido recompensado”, disse o potiguar.
“Alcançamos a meta principal que havíamos estabelecido, que era o bicampeonato do Regional das Américas. Agora iremos fazer as análises individuais de cada atleta, levando em consideração os processos qualificatórios para o Mundial, os Jogos Parapan-Americanos de Lima e Jogos Paralímpicos, uma vez que todos eles utilizam parâmetros diferentes para classificação. O que pudemos ver, no geral, é que o Brasil evoluiu muito tanto em quantidade quanto em qualidade, mas outros países, como a Colômbia, estão muito bem, também. Foi uma competição muito acirrada, como havíamos previsto”, disse Felipe Dias, coordenador-técnico do halterofilismo pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.
O Regional das Américas encerrou a temporada da Seleção Brasileira da modalidade. Em 2019, os atletas competirão em fevereiro em uma Copa Mundo, em Dubai, no Campeonato Mundial, no Cazaquistão, em julho, e nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em agosto.
Fonte: Tribuna do Norte
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