Na última quarta-feira (24), a Netflix lançou o documentário Privacidade Hackeada, com base nos escândalos protagonizados pelo Facebook em março do ano passado, em que a Cambridge Analytica coletou os dados de 87 milhões de usuários sem que fosse permitido. O documentário veio à tona pela primeira vez durante o Festival de Cinema de Sundance, que aconteceu no início deste ano, e foi divulgado no início da campanha presidencial dos EUA de 2020.
O trailer do documentário foi lançado no YouTube no último dia 11 e já garantiu mais de 1 milhão de visualizações. Apenas por meio do trailer já é possível ter uma noção sobre o quão reflexiva é a nova produção da maior plataforma de streaming do mundo, uma vez que no pouco tempo de vídeo há frases de impacto como “Quem já viu uma propaganda que te convenceu que o seu microfone está ouvindo suas conversas? Todas as suas interações, as transações do cartão, pesquisas da web, localizações, curtidas, tudo isso é coletado em tempo real numa indústria trilionária” e “A razão por que a Google e o Facebook são as empresas mais poderosas do mundo se deve aos dados terem superado o valor do petróleo. É o bem mais valioso da terra”.
Privacidade Hackeada aborda o escândalo sob o ponto de vista de várias personagens, como Brittany Kaiser, ex-diretora de desenvolvimento de negócios da Cambridge Analytica, responsável por delatar tudo o que estava sendo feito pela empresa. Kaiser foi questionada pelos legisladores do Reino Unido e por Mueller. Antes de ingressar na Cambridge Analytica, ela trabalhou na campanha presidencial de Barack Obama.
Além de Brittany, David Carroll, professor associado da Parsons School of Design, de Nova York, que se empenha em descobrir quais dados Cambridge Analytica reuniu sobre ele, também tem a sua visão colocada à tona no documentário, que é dirigido por Jehane Noujam e Karin Amer. A produção da Netflix também conta com a participação da jornalista investigativa do The Guardian, Carole Cadwalladr, que expõe como foram as descobertas em torno do escândalo, e Julian Wheatland, ex-diretor de operações da Cambridge Analytica.
Crédito da Foto: Netflix
Fonte: Canaltech