Faltam poucos dias até a estreia oficial de Vingadores: Ultimato, o filme blockbuster mais aguardado da história. Diante de um momento tão importante para a indústria do entretenimento, é óbvio que o GameBlast não poderia ficar de fora. Além dos quadrinhos e dos cinemas, os super-heróis de “Os Vingadores” também são figurinhas carimbadas no universo dos videogames. Por isso, se você gosta de jogar e quer embarcar nesse clima de hype, não há nada melhor do que se preparar para o filme relembrando os dez melhores jogos de videogame protagonizados pelos heróis de Vingadores.
Como a qualidade geral dos jogos que se baseiam exclusivamente no grupo dos Vingadores é abaixo da média, foi mais interessante abrir uma brecha para adicionar jogos solo de qualquer personagem. Ou seja, só os títulos que são protagonizados por personagens presentes no universo cinematográfico da Marvel podem aparecer nesta lista. Eu sei que é triste, mas o Wolverine vai ter que esperar mais alguns anos.
Antes de começar, também é importante deixar claro que esta lista retrata apenas a opinião pessoal do autor da matéria e que, por isso, não deve ser encarada como verdade “absoluta” por ninguém.
10- The Incredible Hulk: Ultimate Destruction (2005)
Pergunte para qualquer pessoa se ela sabe o que o Hulk mais gosta de fazer. Se ela respondeu “Esmagar”, pode ter certeza que ela captou a principal essência do personagem. Apesar de ser curto e básico, The Incredible Hulk: Ultimate Destruction foi um dos primeiros jogos de super-herói que conseguiram passar justamente essa experiência de se sentir na pele do personagem. Graças a jogabilidade satisfatória de Hack’n Slash, controlar o Hulk e esmagar tudo que tem pela frente nunca foi tão simples quanto em Ultimate Destruction.
9- Guardians of the Galaxy: The Telltale Series (2017)
8- Marvel Ultimate Alliance 2 (2009)
7- Spider-Man: Shattered Dimensions (2010)
Se nesta lista existe um jogo realmente digno da alcunha de “injustiçado”, então pode apostar que Spider-Man: Shattered Dimensions é o nome dele. Muito antes da animação do “Aranhaverso” conquistar as massas, o segundo título do Spider, na sétima geração de consoles, apresentou de maneira grandiosa as diferentes realidades alternativas pela primeira vez fora dos quadrinhos.
Na aventura, o jogador entra na pele de quatro Homens-Aranhas diferentes, cada um com suas próprias personalidades, histórias e estéticas visuais que afetam a gameplay do jogo. Aliás, por falar em gameplay, Shattered Dimensions foi o título que adicionou as mais relevantes mecânicas de movimentação por teia e combate para o Spider até aquele momento.
No entanto, é inegável que muitos problemas técnicos atrapalharam o desempenho do jogo. Muitos podem até dizer que foi uma enorme fracasso, cheio de bugs e potencial desperdiçado, mas pelos menos Shattered Dimensions foi uma tentativa esforçada e cheia de charme. Mesmo com falhas, ele continua sendo até hoje um jogo decente que vale muito a pena dar uma segunda chance.
6- Spider-Man and Venom: Maximum Carnage (1994)
Desde a sua longínqua estreia no Atari, o Homem-Aranha é consistentemente um dos heróis que mais recebem adaptações de boa qualidade para os videogames. O Super Nintendo foi o berço de vários títulos sólidos do Aranha, mas o que mais se destacou dentre eles foi Spider-Man and Venom: Maximum Carnage.
O Beat’ n Up protagonizado por Peter Parker e o anti-herói Venom foi um dos mais bem-feitos de sua época. O título foi lançado originalmente para Arcades, mas o port de Super Nintendo também não deixava nada a desejar. A jogabilidade era simples e a dificuldade era bastante maleável em comparação com a concorrência.
Além disso, um dos quesitos que mais agradou o público foi a excelente história contada no estilo das HQs originais, com direito a páginas inteiras desenhadas a mão por ilustradores oficiais da Marvel na época.
5- Spider-Man 1 (2000)
Um título clássico que envelheceu bastante com o passar dos anos. O lançamento de Spider-Man 1 marcou o pontapé inicial das aventuras do aranha em jogos no estilo sandbox. O tempo passou, as teias que se agarravam no ar podem não fazer nenhum sentido, mas os feitos desse jogo em relação à sua época são mais do que impressionantes até hoje.
Um jogo de mundo “aberto” completamente funcional rodando no PS1? Confere. Com uma movimentação divertida e batalhas surpreendentemente dinâmicas? Capitche. Imersão e uma refrescante sensação de liberdade mesmo com gráficos datados? Sim! Não são “óculos de nostalgia”, Spider-Man 1 realmente marcou uma época por ser bem-feito e corajoso.
4- Lego Marvel Super Heroes (2013)
Nunca julgue o livro pela capa. A série de jogos licenciados da Lego é dona de uma qualidade surpreendente. De início, os jogos realmente parecem básicos e infantis, mas basta uma mudança de perspectiva para perceber a “magia” por trás deles. Afinal, com certeza deve haver um motivo para que um jogo de pecinhas faça tanto sucesso.
O segredo, na verdade, é bem simples: focar em fazer apenas o “básico”, ao invés de tentar inventar e acabar caindo de bobeira no caminho. Lego Marvel Super Heroes é um jogo tão fechadinho, carismático e simples que consegue arrancar sorrisos de qualquer pessoa que o jogue. Não há problemas fatais, nem inovações revolucionárias. O foco aqui é a diversão do jogador, e pode apostar que essa missão é cumprida com êxito.
3- Marvel Super Heroes (1995)
Pela primeira vez na história, a licença dos heróis da Marvel estava sob o comando de uma desenvolvedora experiente dentro da indústria dos videogames. Com uma mina de ouro em mãos, a Capcom fez de tudo e mais um pouco para entregar aos fãs de HQs o que eles mais queriam ver na tela dos videogames.
Ao invés de jogar seguro e simplesmente adaptar a mecânica de suas franquias já estabelecidas no mercado, como Street Fighter, a Capcom decidiu criar uma nova “base” praticamente do zero para o novo jogo de luta da Marvel. O primeiro resultado desse “experimento” foi Marvel Super Heroes, um dos jogos de luta mais influentes da história.
Adaptação direta da mesma saga que Vingadores: Ultimato se inspira, Marvel Super Heroes reúne todos os heróis da Marvel numa corrida para achar as joias do infinito antes do Titã Thanos. Comparado a Street Fighter, as lutas de Super Heroes eram muito mais dinâmicas. Havia mais mecânicas criativas, personagens escondidos, chefes e lutadores colossais. Mesmo com pouco polimento na área de balanceamento, Super Heroes também foi um dos grandes responsáveis por pavimentar o caminho até a futura “dinastia” dos jogos de luta da Capcom.
2- Marvel’s Spider-Man (2018)
Fiel e autêntico. Corajoso e pé no chão. Podemos dizer que a mistura equilibrada destas duas dualidades foi o que deu origem ao “milagre” conhecido como Marvel’s Spider-Man, do Playstation 4. Concebido após a decadência da franquia Batman: Arkham, o principal jogo do amigo da vizinhança para a última geração de consoles foi uma verdadeira rosa em um mar de espinhos.
História, gráficos, jogabilidade, imersão, diversão, conteúdo ou trilha sonora. Não há nenhum quesito avaliativo em que Marvel’s Spider-Man desaponta o seu público. Muitos até chegam a afirmar que é a melhor adaptação do Homem-Aranha já feita fora dos quadrinhos. Para uma análise mais detalhada dessa obra-prima, é altamente recomendado dar uma lida na análise produzida para o GameBlast.
1- Marvel X Capcom (Franquia)
Existem apenas duas verdades absolutas sobre o mundo em que vivemos. A primeira diz que todos nós somos meros mortais e a segunda diz que a presença da franquia Marvel X Capcom é completamente obrigatória em qualquer lista envolvendo os melhores jogos da Marvel. Isso pode parecer uma piada, mas a parceria de sucesso entre a Marvel e a Capcom talvez seja um dos principais pilares que impediram a falência da editora de quadrinhos americana no início dos anos 2000.
Porém antes de comentar sobre a importância histórica da franquia, primeiro é preciso citar o que ela tem de melhor: jogos incríveis. Marvel X Capcom, e os seus antecessores espirituais, ocasionaram uma revolução responsável por criar um sub-gênero inteiramente novo dentro dos jogos de luta: os Team Fighters. Não existia nada igual a ele no mercado. A jogabilidade era rápida e frenética, os combos eram longos e megalomaníacos, os personagens eram icônicos e muitas mecânicas de movimentação davam as caras pela primeira vez.
Apesar de ter um conceito um tanto quanto curioso, o realização desse crossover foi um dos maiores fenômenos midiáticos de todos os tempos. Qualquer jovem que viveu a época de ouro dos Arcades não conseguia expressar em palavras a felicidade de estar presenciando os super-heróis da Marvel lutando contra Megaman, Ryu e cia. Pois é, muito antes de Super Smash Bros. ganhar um elenco de proporções astronômicas, os Vingadores e a trupe da Capcom já estavam por aí realizando os “Duelos dos sonhos” da garotada.
É inegável o impacto que essa franquia teve para ambas as empresas. Campeonatos com prêmios milionários foram criados, comunidades inteiras se formando em volta de um simples jogo e, principalmente, divulgação massiva. Muitas pessoas começaram a ler quadrinhos apenas por causa dessa série de jogos, que influenciou profundamente dezenas de vidas pelo mundo afora. No meio de um período negro, Marvel X Capcom foi a chama que brilhou forte no coração dos fãs da Marvel. Agora só nos resta esperar que a “chama” de Vingadores: Ultimato brilhe mais forte ainda.
Revisão: Diogo Mendes
Texto de Rhuan Bastos Rodrigues
Fonte: GameBlast