No-mo-fo-bi-a! Fobia a gente sabe; medo de alguma coisa. O nome do transtorno psicológico vem do inglês: “no mobile fobia”. A nomofobia é o desconforto, a angústia, irritabilidade e tudo de ruim que se pode sentir ao ter que ficar longe do celular ou computador. Em casos piores, pode levar à depressão. Se para alguns pode parecer exagero, para outros o assunto é bem sério…
Com o smartphone sempre por perto, a gente vive bombardeado – e esta é mesmo a palavra – bombardeado por informações e notificações o tempo todo. Acredite você ou não, essa enxurrada de informação mexe com nosso cérebro. E tem muita gente que acredita que qualquer momento desconectado, longe do celular ou do computador, é suficiente para perder algo extremamente importante na vida. Em outras palavras, é desesperador!
É verdade, a maioria de nós usa o celular mais do que deveria. Mas muitos ainda têm controle da situação. O problema é quando a pessoa apresenta sintomas por ficar longe do aparelho ou, pior, deixa de fazer outras coisas na vida ou tem extrema dificuldade em se concentrar em outras atividades por estar focada somente na telinha do smartphone. Não existe idade para desenvolver o transtorno, mas os mais jovens ainda são os mais propensos a desenvolver o vício.
A Luciana já passou dessa faixa etária. Mas olha ela lá…não desgruda do celular por nada nesse mundo! Ela é tão ligada no aparelho que às vezes escuta notificações do além. Deve ser coisa do subconsciente. E, no dia a dia, qualquer alerta é digno de fazer ela parar o que estiver fazendo, perder a concentração e correr para ver a mensagem o mais rápido possível.
Longe do celular, pessoas com nomofobia podem apresentar sintomas emocionais e físicos também. Além da angústia, ansiedade e tristeza, alguns chegam a sentir falta de ar, náuseas, aceleração da frequência cardíaca e até dor de cabeça. Nos casos mais graves, essas pessoas passam a negligenciar a vida real para viver o mundo do smartphone. Aí os efeitos são ainda piores; principalmente do ponto de vista psicológico.
É difícil se auto diagnosticar. Mas você pode prestar atenção em hábitos e também em sensações ao ficar longe do celular. Se preocupe se você deixa de fazer outras coisas estritamente por estar no smartphone. E, se a questão for emocional, procure um profissional. Não subestime o problema. Agora se você quer assumir definitivamente o controle sobre seus dispositivos e não deixar luzes e notificações dominarem você, se proteja! Antes de pegar o celular novamente, tente responder duas perguntas rápidas: por que você vai pegá-lo e para quê? Pense duas vezes, na maioria delas, é só mais um hábito comum…se não, um vício difícil de combater como qualquer outro.
Fonte: Olhar Digital
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