O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN) cobrou do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a data de início das obras que o órgão federal prometeu fazer na Ponte de Igapó, para reparo e manutenção da estrutura. O ofício com os questionamentos foi enviado na semana passada.
De acordo com a presidente do Crea, Ana Adalgisa Dias, o Conselho de Engenharia fez inspeções na Ponte de Igapó em 2011, 2015 e em 2018. Foi possível constatar, conforme dito por ela, o aumento da degradação da estrutura ao longo dos anos. “Houve uma ampliação de exposição das ferragens, tanto nos pilares quanto nas vigas”, disse.
A constatação do Crea é a mesma de pescadores do Rio Potengi ou mesmo de quem se aventura a ir para baixo da ponte apenas para ver a situação da estrutura. Várias imagens feitas por essas pessoas, e que circulam nas redes sociais, atestam o que disse a presidente do Conselho de Engenharia.
O Dnit também afirmou ter feito uma inspeção na ponte em dezembro do ano passado. Dias atrás, o órgão admitiu que a Ponte de Igapó precisa de reparos. Entretanto, de acordo com a entidade, “a estrutura não corre risco iminente de ruir”. A licitação para as obras no local será lançada nos próximos dias, mais precisamente em março, conforme informado pelo Departamento.
Sobre as informações solicitadas pelo Crea, o Dnit confirmou que protocolou o documento na última sexta-feira, 15. O órgão disse que responderá ao Conselho também através de ofício. Mas a data ainda é incerta. “O mais breve possível”, garantiu.
Para a presidente do Crea, os chamados ‘Planos de Manutenção’ são indispensáveis para garantir segurança e oferecer tranquilidade a quem trafega pela ponte. “A engenharia projeta estruturas para durar uma vida-longa, desde que haja manutenção da forma correta e no tempo certo”, destacou.
A última manutenção na Ponte de Igapó, de acordo com informação do Dnit, foi feita em 1990. A estrutura, chamada oficialmente como Ponte Presidente Costa e Silva, tem 606 metros de extensão e 12 metros e meio de largura. Por ela passam, diariamente, cerca de 80 mil veículos, 37 linhas de ônibus e 13 viagens de trem.
Fonte: Portal no Ar
Imagem: Alberto Leandro