Nesta semana vamos falar de uma das maiores campanhas das histórias em quadrinhos no Brasil, que é os “Contos dos Orixás”, com histórias sobre a mitologia Yorubá, que adapta os mitos e lendas sobre as diversidades provenientes da África Ocidental através das histórias em quadrinhos, dentro uma linguagem artística e ao mesmo tempo buscando respeitar as tradições.
A trama conta numa época antiga em que deuses e heróis viviam entre os homens, travavam batalhas com furor, ensinavam a curar e lidar com a terra, o ferro e o fogo, reinavam e amavam com a mesma intensidade, aonde alguns desceram do luminoso Orum para realizar seus destinos, enquanto outros nasceram no Aiyê e pelos grandes feitos, foram elevados a Orixás, marcando para sempre a história de dois continentes.
O início da jornada deu-se a partir de uma convergência de paixões. A primeira delas, pelo legado das civilizações africanas que moldaram minha terra de origem, a Bahia e sua ancestralidade, representadas aqui pelos Itan, conjunto de narrativas ligadas aos Orixás, arquétipos milenares de força, coragem e sabedoria.
Assim, foram dois anos e meio para construir a Graphic Novel, inspirada no universo mítico dos Orixás, somando aos contratempos, problemas de saúde, devido ao ritmo de trabalho, forçando Hugo a uma breve pausa, que o fez desenhar 14 horas por dia, com a decisão de entrega antecipadamente, além de quase 3.000 itens de recompensas para o público, como camisetas, pôsteres e Artbook.
Os estudos para a obra foram feitos a partir de pessoas em Salvador e Cachoeira, no qual inspiraram a composição dos personagens com o conceito visual para álbum, sendo um instrumento de empoderamento, reflexão e transformação de percepções sobre o grande legado das Civilizações Africanas e sua descendência na formação Histórica, Cultural e Espiritual do Povo Brasileiro.
Fonte: O Barquinho Cultural