No equilíbrio entre os benefícios e os riscos da maconha, a idade parece ser um fator mais importante do que se imaginava. Pelo menos foi o que concluiu uma pesquisa feita com ratos na Universidade de Bonn, na Alemanha.
Os cientistas queriam ver qual seria o efeito do THC, a substância responsável pelo “barato” da maconha, se fosse dado aos ratos em doses baixas, mas diárias, por um longo período de tempo.
Eles dividiram os bichinhos em três grupos: um de jovens, outro de ratos na meia idade e um último de idosos. Os animais foram testados com relação à capacidade de aprender e à memória usando pequenos labirintos. Eles observaram quanto tempo os roedores levavam para explorar o trajeto certo e, depois, para perceber quando estavam num caminho já percorrido anteriormente.
A próxima etapa foi dar subdoses de THC durante um mês para cada rato. A quantidade era bem baixa, pequena demais até para causar efeitos psicoativos. Mesmo assim, ao fim do teste, o desempenho dos ratos jovens piorou muito dentro do labirinto.
O resultado é consistente com pesquisas em humanos, que mostram que a memória de curto prazo fica prejudicada enquanto durar o uso, ainda que os efeitos sejam reversíveis.
Mas o grupo de ratos idosos surpreendeu os pesquisadores. Porque, no caso deles, o uso do THC trouxe uma melhora cognitiva razoável, impulsionando a memória e a atenção e trazendo resultados melhores dentro do labirinto.
Fonte: Revista Superinteressante
Imagem: reprodução/Revista Superinteressante