O futuro senador pelo RN, economista Jean-Paul Prates, usou sua conta no Twitter para pedir esclarecimentos sobre os critérios de escolha usados pela Petrobras para a cessão de 100% de 32 campos e 50% de outros 2, do Polo Riacho da Forquilha, na região de Mossoró.
Na operação de desinvestimento da estatal, 3R Petroleum ofereceu US$ 453,1 milhões, embora nunca operado um campo petrolífero.
Jean-Paul Prates, que se licenciará da presidência do Centro de Estratégias e Recursos Naturais (Cerne) para assumir a vaga no Senado Federal em janeiro, como primeiro suplente da governadora eleita, lembrou em suas postagens o fato de a Petrobras ter escolhido uma empresa, no caso 3R Petroleum ME, “sem qualquer histórico de operações, reativada meses atrás”, para repassar 34 campos produtores de petróleo no RN por R$ 1,7 bilhão.
Ele aproveitou para sugerir que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) “investigue detalhadamente esta cessão sob pena de prevaricação”.
Nesta quarta-feira, 28, o Agora RN repercutiu informação do site da Sindipetro-RN, que denuncia a 3R Petroleum. Segundo o Sindicato, a empresa que adquiriu por US$ 453,1 milhões os 34 campos de produção terrestres na Bacia Potiguar não passa de uma Microempresa registrada no Cadastro Geral da Pessoa Jurídica, da Receita Federal.
Os campos negociados na Bacia Potiguar são maduros e estão em produção há mais de 40 anos. Eles foram reunidos em um único pacote batizado de Polo Riacho da Forquilha, cuja produção atual é estimada em 6 mil barris de petróleo por dia.
Nesta quarta-feira, um assessor do Sindipetro-RN contou ao Agora RN que tão logo a operação foi anunciada, a diretoria do Sindicato começou a pesquisar a história da desconhecida 3R Petroleum. “E qual não foi a surpresa nossa quando descobrimos que a empresa que desembolsará os R$ 453 milhões é um microempresa”, ironizou a fonte.
Mas essa não é a versão oficial. Notícias veiculadas na imprensa dão conta que a 3R Petroleum é uma empresa brasileira de óleo e gás com atuação focada na América Latina. Essa seria a primeira operação dela que, segundo comunicado da Petrobras, “preenche os requisitos necessários para ser uma Operadora C no Brasil, de acordo aos critérios da ANP”.
Fonte: Agora RN
Foto: Cerne