A partir da próxima sexta-feira, 4 de abril, a Casa de Apostas Arena das Dunas ganha uma nova atração com o Rooftop Dunas, um camarote com serviços de hospitalidade super premium localizado no ponto mais alto e com vista panorâmica para todo o gramado. Com investimentos da ordem de R$ 8 milhões, o espaço conta com open bar e open food e tem capacidade para 5 mil pessoas. Será o maior camarote do grupo Soccer Hospitality, que está presente nos estádios de grandes clubes do País, como Corinthians, Santos, São Paulo, Palmeiras e Botafogo, dentre outros. A estimativa é que a empresa fature R$ 120 milhões no Brasil em 2025.
Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o CEO do grupo, Léo Rizzo, conta por que escolheu a arena potiguar para investir. “Fiquei impressionado com a qualidade e o cuidado, que são impecáveis”, diz. Confira:
O Rooftop Dunas será o primeiro empreendimento da Soccer Hospitality no RN. O que levou a empresa a escolher Natal para expandir os negócios?
A Soccer Hospitality é uma empresa especializada em estádios e arenas pelo Brasil e, depois de receber uma ligação de Ricardo Ferreira [diretor presidente da Casa de Apostas Arena das Dunas] contando sobre a casa, fui fazer uma visita e fiquei impressionado com a qualidade, a estética, o cuidado e a manutenção do estádio, que são totalmente impecáveis. Fiquei surpreso também com a vida interna que a Arena tem – desde uma clínica para pacientes com Síndrome de Down a uma cervejaria. São milhares de pessoas que passam diariamente por lá e isso me chamou a atenção. É uma casa que está no melhor momento. Somente no ano passado, foram 101 eventos. Então, para nós, sendo um camarote voltado à área de eventos, faz total sentido o investimento na Arena das Dunas, porque é preciso estar junto dos gigantes.
Qual foi o investimento para o Rooftop Dunas?
Nós já investimos R$ 8 milhões em uma obra de sete meses. O Rooftop Dunas é o nosso maior empreendimento, apesar de nós estarmos com os grandes clubes brasileiros. Até então, nós tínhamos camarotes para, no máximo, 2,5 mil pessoas. Agora, estamos com esse gigante, para 5 mil pessoas.
O espaço terá uma proposta premium, com serviços como open bar e open food. Como será o funcionamento do camarote?
O Rooftop Dunas é um espaço multiuso com quatro vertentes. Uma delas é o espaço de produção de shows próprios, como no caso de Péricles [que vai inaugurar o camarote]. Em 2025, estão garantidos mais quatro grandes shows nacionais de samba. Temos um espaço de eventos próprios, onde podem ser realizadas festas de aniversário e infantis, confraternizações, chás de bebê e chás revelação. As empresas podem locar, ainda, para fazer desde cafés da manhã a workshops. Fora isso, nós vamos abrir um restaurante a partir de agosto, com pratos super elaborados por um chef. Aos sábados, teremos um buffet de feijoada com um sambinha. A ideia é criar um lugar para a família ir almoçar e curtir o clima do rooftop. Além disso, somos um camarote para todos os eventos que ocorrerem na Arena, a exemplo dos shows de Roberto Carlos, Sorriso Maroto e Tardezinha. As pessoas podem comprar o ingresso acoplado e curtir o show no palco com open bar, open food e atrações internas que vão acontecer após o show principal.
O acesso será exclusivo para membros ou qualquer pessoa poderá adquirir ingressos?
Nós não temos membros. No caso do show de Roberto Carlos, a pessoa vai entrar no site do Rooftop Dunas, comprar o open bar e o open food, que já estão com o ingresso incluso. Em vez de comprar a pista ou a arquibancada, é possível comprar o camarote.
De que forma esse modelo foi adaptado para o público de Natal e quais particularidades do mercado local vocês levaram em consideração?
Esse projeto já é campeão e consolidado nos grandes clubes e estruturas de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos), do Rio Grande do Sul (Grêmio), do Rio de Janeiro (Botafogo), da Bahia (na Arena Fonte Nova) e do Recife (Náutico). Todos os nossos camarotes e espaços de eventos são temáticos com o clube que trabalha no estádio. No caso da Arena das Dunas é diferente. Fizemos algo sem a simbologia de nenhum clube, até para que seja uma estrutura multiuso, do dia a dia. É um projeto sofisticado, com uma coletividade mais requintada para que a gente possa atender aos grandes shows sem bandeira de times.
Como será o evento de inauguração e como vai ser o funcionamento a partir de então?
Nós abriremos dia 4 de abril, às 20h. Vai ser uma noite de festa e alegria, porque Natal ganha um novo espaço de eventos que é um dos maiores da cidade. Teremos muito samba – estamos com as bandas da cidade que são sucesso, como o Preto no Branco e o Pagode do Coxa –, além da nossa estrela principal, que é o show de Péricles. Estamos com mais de 50% das vendas realizadas, uma prova de que o público natalense abraçou o projeto.
A Soccer Hospitality já opera em grandes estádios pelo Brasil. Como foi a aceitação desse modelo de camarote premium?
É um sucesso, porque significa dinheiro novo para os clubes que são nossos sócios. Graças a esse sucesso, fui capa da [revista] Forbes em 2023 e da Exame, além de grandes jornais nacionais. Trata-se de um produto diferente, que furou a bolha. Hoje, temos uma fila de mais de 30 clubes querendo nossa empresa e nós podemos escolher onde queremos estar. O público tem aderido bem, com uma ocupação de 92% nos nossos projetos pelo Brasil.
Quais diferenciais fazem esse conceito se destacar em relação aos camarotes tradicionais?
Muita gente não quer mais os camarotes tradicionais por ser um negócio formal, onde você fica preso em uma ‘salinha’. Hoje, as pessoas querem fazer networking, principalmente no mundo corporativo, e querem ter uma comida diferenciada, acompanhada de boa música. Depois, elas querem experimentar um churrasco ao mesmo tempo em que veem os ídolos famosos em um espaço temático onde é possível fazer as próprias mídias, ser um blogueiro por um momento, porque esses são os lugares mais badalados dos estádios, com os ingressos mais caros.
O Brasil tem abraçado esse conceito, mas como ele se compara a modelos internacionais?
Nós temos um modelo único. Viajei para 58 países antes de criar o meu primeiro camarote, em 2008. Fiz os jogos da Seleção Brasileira pelo mundo, fui para lugares como a África e a Rússia. A Soccer Hospitality nasceu somente em 2014, mas, à época, eu já tinha viajado para mais de 50 países, onde montei espaços de hospitalidade de softball a NFL. Fui pescando uma coisa aqui e outra ali para criar um projeto que atendesse ao mercado brasileiro. O interessante é que a gente começou nos primeiros clubes com camarotes para até 300 pessoas, e hoje a gente atende milhares delas. Somos um modelo campeão há 11 anos no mercado, sem que tenhamos fechado nenhum espaço; pelo contrário, só temos ampliado a capacidade dos nossos camarotes.
Você segue se inspirando nas experiências de outros países?
Eu viajo o mundo todo, o tempo inteiro. No ano passado, foram 230 voos. Dou palestras na Europa e nos Estados Unidos. A gente conseguiu virar um conceito meio que internacional de hospitalidade, uma referência. Sem falar que temos operações nos Estados Unidos. Os camarotes da FS Series [antiga Florida Cup] são feitos pela Soccer Hospitality. E existem conversas com a Espanha e a França para atender alguns clubes lá que são SAFs.
Quem
Léo Rizzo começou no entretenimento há mais de 20 anos, trabalhando como monitor e coordenador geral de uma empresa de acampamento de férias, o que o motivou a empreender no setor de eventos. Trabalhou em festas infantis e celebrações voltadas para um público-alvo adulto até chegar ao futebol, em 2014, quando fundou a Soccer Hospitality, que opera 10 projetos fixos no país, divididos entre futebol e carnaval. Na Série A, o grupo conta com espaços premium nos estádios de Corinthians (Camarote FielZone), Palmeiras (Camarote FanZone), Santos (Boteco Santista), São Paulo (Camarote dos Ídolos), Botafogo (Camarote FireZone), Grêmio (Imortal Sports Bar) e Bahia (Esquadrão Zone). Além disso, lidera o Camarote 011, no sambódromo do Anhembi, e o Timbuzone, no Estádio dos Aflitos.
Crédito da Foto: Divulgação
Fonte: TRIBUNA DO NORTE