O período chuvoso traz consigo o aumento dos casos de doenças respiratórias, entre elas a bronquiolite (inflamação dos bronquíolos, pequenas vias aéreas dos pulmões), muito comum em crianças abaixo de dois anos de idade. Dados da Fiocruz divulgados no ano passado, apontam um crescimento na incidência no comparativo entre 2023 e 2024: um aumento de 22 mil casos em crianças de até dois anos.
De acordo com o pediatra da Hapvida, Vandrey Figueiredo, a bronquiolite é causada por um vírus respiratório e é transmitida pelo ar, saliva ou contato com superfícies contaminadas.
“Por isso, com o aumento das chuvas, podemos observar um crescimento no número de casos devido às crianças permanecerem em locais fechados, geralmente com outras pessoas, e com pouca circulação de ar”, explica.
Além disso, segundo o pediatra, crianças com menos de dois anos são mais suscetíveis à contaminação devido o sistema imunológico ainda ser imaturo.
“A bronquiolite se caracteriza pela inflamação e pelo acúmulo de secreção nos bronquíolos, que são as vias respiratórias menos calibrosas. Com a baixa imunidade, elas ficam mais vulneráveis ao vírus que atinge essa região, e um quadro respiratório que poderia ser leve, muitas vezes evolui para quadros mais graves, podendo levar a internações e até mesmo a tratamentos mais intensivos”, alerta Vandrey.
Para evitar a contaminação, é necessário lavar bem as mãos, evitar locais com grande concentração de pessoas e limitar o contato com pessoas que estejam apresentando sinais de infecção respiratória.
Os sintomas da bronquiolite se assemelham aos quadros respiratórios como um todo: tosse, coriza e febre em alguns casos.
“A tosse e o desconforto respiratório, assim como a falta de apetite e indisposição, são os sinais de alerta que os pais devem ficar atentos. Criança cansadinha é igual a atendimento médico o mais rápido possível”, orienta o especialista.
Ainda de acordo com o pediatra, não há um protocolo de tratamento específico para a bronquiolite.
“Ele é baseado nos sintomas que a criança está apresentando. Lavagem de vias aéreas e, em alguns casos, medicação podem ajudar. E, claro, ficar de olho nos sintomas que podem agravar o quadro”, finaliza.
Crédito da Foto: Divulgação
Fonte: Assessoria de Imprensa/Hapvida NotreDame Intermédica
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