A folia ainda resiste na Redinha. Em plena Quarta-feira de Cinzas, o Bloco Baiacu na Vara arrasta foliões pelas ruas do bairro, mantendo vivo o espírito do Carnaval até a última orquestra de frevo. Com concentração desde cedo, na Praça do Cruzeiro, o bloco é embalado por Debinha Ramos e seguirá pelo Pranchão com Tony Farra.
Apesar do cansaço depois de seis dias intensos de festa, os foliões mostram que ainda há fôlego para mais um desfile. O clima é de despedida, mas sem perder a animação. “É um alegria muito grande estarmos em festa, com tanta gente, depois de tantos anos de Baiacu. A gente tem jovens, mais antigos, famílias, crianças, todos brincando”, diz José Maria Moura, folião é um dos fundadores do bloco.
Criado em 1990 pela carnavalesca Cristina Medeiros, o bloco nasceu inspirado no tradicional Bacalhau do Batata, de Olinda, e tem como lema a continuidade do Carnaval mesmo após a Quarta-feira de Cinzas. O Baiacu na Vara se tornou um dos eventos mais aguardados do encerramento da folia em Natal e, em 2022, foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade.
A festa na Redinha ainda tem espaço para outros blocos emblemáticos, como o Bloco dos Garis, que desfilou mais cedo, e o Pagode da Limpeza, que sobe ao palco à tarde, para simbolizar a passagem da ressaca carnavalesca e a transição da festa para a rotina.
Imagem: Magnus Nascimento
Fonte: Agora RN