A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) tem se destacado como um espaço de integração global. Em 2024, o número de estudantes internacionais em mobilidade cresceu 27%, consolidando sua posição como referência no acolhimento de estudantes de diferentes partes do mundo. Mais do que um local de aprendizado, a UFRN oferece uma experiência de imersão em culturas, idiomas e vivências que transformam a vida de quem passa por lá.
Com parcerias condicionais com 138 universidades em 26 países, a UFRN recebeu em 2024 52 estudantes estrangeiros matriculados regularmente na graduação por meio do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). Na pós-graduação, 65 estudantes de outras nacionalidades estavam matriculados nos diversos cursos de pós-graduação da instituição. Esse cenário reflete o compromisso da instituição em promover a interculturalidade e excelência acadêmica.
Para Edmundo Mansilla Cordeiro, estudante de doutorado em Enfermagem, deixar sua cidade natal, Punta Arenas, no Chile, foi mais do que uma decisão acadêmica. Foi um salto de vida. “Deixei tudo para vir aqui, com a esperança de me tornar um profissional e professor melhor. Mas encontrei muito mais, uma vida fascinante em Natal. A cultura, as pessoas em seu conjunto, fazem um lugar muito interessante para morar”, compartilha.
Acostumado aos ventos gelados e às paisagens da Patagônia, Edmundo encontrou desafios únicos no Brasil, como o clima e a adaptação à culinária local. “Vir para Natal foi transformador. Tive que me acostumar ao calor e à comida, que é outro mundo”, conta entre risos.
Yenifer Rojas, também doutoranda em Enfermagem, compartilha sua experiência positiva no primeiro ano na UFRN. A enfermeira destaca a acolhida calorosa dos colegas e professores, sempre prontos para oferecer apoio e orientação. “A universidade realmente atendeu às minhas expectativas, tanto em termos acadêmicos quanto em geral”, afirma.
O que mais impressionou a doutoranda foram os diversos grupos de pesquisa de alto nível, com projetos interessantes que promovem não apenas o crescimento acadêmico, mas também a colaboração e a troca de ideias. “Esses grupos permitem um grande crescimento acadêmico e enriquecem muito a minha formação”, acrescenta. Outro aspecto importante foi a oferta de cursos de português para estudantes internacionais, facilitando a comunicação no ambiente acadêmico e social. “Esses cursos têm diferentes níveis e permitem um avanço progressivo”, explica Yenifer.
Além disso, a estudante reforça que a Secretaria de Relações Internacionais (SRI/UFRN) oferece apoio e acompanhamento, organizando atividades de integração que ajudam na adaptação à vida universitária e cultural no Brasil. “Esse apoio abrangente foi fundamental para enriquecer minha experiência na UFRN”, destaca a doutoranda, que também se diz grata ao Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB) e à Capes pela oportunidade de estar no Brasil.
Outro chileno, Diego Soto, estudante de mestrado em Ciência da Computação, relata que o idioma foi uma barreira inesperada. “Pode até parecer que o idioma é similar, mas os dialetos locais me deixam perdido”, explica. Ainda assim, a escolha pela UFRN foi acertada, motivada por recomendações de um professor e pela infraestrutura da universidade.
De Benim, na África Ocidental, Farhath Brunella Kaho veio ao Brasil pelo Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). “As culturas e formas de viver são muito diferentes do meu país. Preciso aprender para me integrar melhor”, diz Farhath, que frequenta o curso de idiomas do programa Ágora para aprimorar seu português. Apesar das dificuldades, ela destaca a receptividade dos natalenses como um fator decisivo para sua adaptação.
Integração e Interculturalidade
A UFRN não mede esforços para criar um ambiente acolhedor para seus estudantes internacionais. A Secretaria de Relações Internacionais (SRI) realiza ações como o International Day, evento anual que promove a troca de experiências e inspira a comunidade acadêmica. “No momento em que realizamos um projeto como esse, estamos promovendo a interculturalidade, trazendo conhecimento para os nossos estudantes e levando para os estrangeiros da universidade”, explica Renata Arcanjo, da SRI.
Essas iniciativas não apenas enriquecem a vivência dos estudantes estrangeiros, mas também fortalecem a visão global dos brasileiros. Estão alinhadas ao Plano de Gestão da UFRN (2023–2027) que busca ampliar o número de estudantes internacionais e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 4 que visa garantir educação de qualidade.
Ao abrir suas portas para o mundo, a UFRN transforma a vida de seus estudantes e da comunidade acadêmica como um todo. Cada história de adaptação e aprendizado reflete a força da internacionalização como ferramenta para conectar culturas e construir um futuro mais integrado e diverso.
Fonte: Agecom/UFRN