Um musical intenso e intrigante chega para apimentar e movimentar os cinemas, Emilia Pérez, traz performances e desenvolturas surpreedentes, mas peca em seu enredo raso e pouco marcante, apesar de mostrar muita ação, emoção e expressividade.
A trama apresenta uma advogada, Rita Mora, formada a pouco mais de 15 anos, mas sem oportunidade verídica e nem perspectiva em sua carreira. Até que um dia, a chance de mudar sua vida por completo bate em sua porta, e vai transformar e mudar para sempre sua jornada, porém, também a colocará num conflito eminente de relações familiares, não dela em particular, mas sim do chefe do narcotráfico mexicano “Manitas”, que apesar de ter nascido homem, sempre se identificou como mulher, mas seu desejo em procriar o fez se casar e construir uma família, mas agora, ele decidiu que chegou a hora de fazer a transição permanente de gênero.
Após acumular muito dinheiro, Manitas contrata Rita para realizar sua tão sonhada cirurgia de redesignação de sexo. Todos sempre o alertaram que essa seria uma nova vida, e de que Manitas teria que deixar de existir para sempre, assim como sua família. E assim foi por alguns anos, onde foi “forjado” a morte do narcotraficante e Emilia Pérez pode nascer e construir seu império como filantrópica.
Todavia um reencontro casual com Rita, Emilia começa conversar e comenta o quão sente falta dos filhos, e faz uma nova proposta à advogada, em trazer seus filhos à ela, e ao México, porém agora em um situação distinta, pois não era mais o pai que estaria lá, e sim a tia Emília, que pretende tirar as crianças da mãe e ex-esposa de Manitas, Jessi, e o que começa irascível, acaba desafortunado e devastado, em uma trajetória sem esperança e realização lídima.
O longa-metragem escrito e dirigido por Jacques Audiard, apresenta Zoë Saldaña, Karla Sofía Gascón, Selena Gomez, Adriana Paz e Édgar Ramírez em seu elenco, que mostra incríveis performances sob atuações sublimes e significativas, fazendo com que a debilidade da narrativa seja apagada, em partes de seu desenvolvimento, fazendo com que a autenticidade das atuações sobressaía em cima de um enrendo indigente e comum.
Emilia Pérez estreou em maio, durante o 77º Festival de Cinema de Cannes e desde então vem conquistando prêmios e polêmicas em torno de sua produção, seja entre os mexicanos ou em relação a comunidade LGBT+, que vem alfinetando o filme, mas ao mesmo tempo, fazendo com que a curiosidade em adentrar ao mundo de Emília Pérez tornou-o ainda mais popular.
Fonte: O Barquinho Cultural
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