O pintor que virou cineasta, e conquistou o cinema mundial com seu estilo único e significativo, levando às telonas obras primorosas como Wild at Heart, Blue Velvet e a aclamada série de ficção científica Twin Peaks, David Lynch ganhou notoriedade por suas produções surrealistas e originárias, dos quais ele tinha seu próprio estilo, chamado de “Lynchiano”, que trazia à cena imagens de sonhos e meticuloso desenho sonoro, envolto de muito caos e violência exacerbada, mobilizando e comovente osentendimento visceral de seus públicos.
Diferente de outros diretores de sua geração, Lynch era do meio-oeste dos Estados Unidos, nasceu em Missoula, Montana, então buscou atributos que envolvia uma obra surreal e focada em elementos que buscava sua essência original. Estudou pintura na Academia de Belas-Artes da Pensilvânia, na Filadélfia, onde ele percebeu que seu âmago estava em produzir artes cinematográficas, e ele então, começou desenvolvendo curtas, até mudou para Los Angeles, quando em 1977 lançou seu primeiro filme de terror, Eraserhead, que acabou de tornando um clássico cult no circuito da De Laurentiis Entertainment Group, e desde então, percebeu que estava no caminho certo, e procedeu em produzir outros dois filmes, Dune (1984) e Blue Velvet (1986), apesar do primeiro ser um fracasso colossal, o segundo tornou um marco entre os filmes de crimeneo-noir, sendo altamente aclamado.
Na década de 1990, Lynch criou sua própria série de televisão, junto com Mark Frost desenvolveram Twin Peaks, que acabou ganhando prequelas para os cinemas, em Twin Peaks: Fire Walk with Me (1992). Ao longo disse, o cineasta outras produções, como Wild at Heart (1990), além de The Straight Story (1999), até que na virada do milênio, ele se envolveu profundamente em produções surrealistas, trabalhando com narrativas da “lógica dos sonhos”, que desenvolveram três filmes neste segmento, Lost Highway (1997), Mulholland Drive (2001) e Inland Empire (2006). Ainda, o diretor não se conteve apenas às telonas, para abraçou fidedignamente a internet, onde produziu vários programas para web, além da animação DumbLand (2002) e o sitcom surreal Rabbits (2002).
Ao longo de sua carreira, Lynch foi muito premiado, de Oscar a Leão de Ouro, Palma de Ouro e Prêmio Bodil, levou seu suspense categórico e relevante, diante ao thriller psicológico, envolvido de seu surrealismo expressionista em obras experimentais e independentes, marcando uma geração de cineastas e uma passagem expressiva na sétima arte mundial, com filmes único, seguido por sua intuição em trazer provocações singulares em produções viscerais, que agora descansa em paz, deixando seu legado na sétima arte.
David Lynch faleceu no dia 15 de janeiro de 2025, aos 78 anos, em anúncio feito por sua família através das redes sociais; “Há agora um grande vazio no mundo com a sua partida. Mas, como ele mesmo diria, ‘Olhe para o donut e não para o buraco’. É um dia lindo, com um sol dourado e céu azul por toda parte“. O diretor que sofria de enfisema pulmonar, condição da qual ele mencionou publicamente em 2024, apesar de não terem mencionado isto como causa de sua morte.
Fonte: O Barquinho Cultural