Perder um ente querido é um momento de grande dor, que exige um processo de elaboração da perda, muitas vezes profundo e transformador. Para muitas pessoas, a despedida é marcada por ritos fúnebres e tradições, como acender velas, velar o corpo, ou levar flores ao túmulo. Mais do que simples cerimônias, esses momentos proporcionam espaço para expressão de emoções, apoio mútuo e ajudam no enfrentamento da perda.
No Brasil, as tradições de luto são diversas e repletas de significados. Elas oferecem um caminho para os enlutados processarem suas emoções, compartilharem memórias e encontrarem conforto. Os ritos funerários auxiliam na vivência do luto, um processo natural e necessário para a adaptação à perda, como explica Simône Lira, psicóloga especialista em luto do cemitério, crematório e funerária Morada da Paz.
“O velório, por exemplo, é um rito de grande importância. Ele representa a despedida do ente querido, além de aproximar os enlutados da realidade da perda, permitindo o fechamento de um ciclo. Sem esse momento, pode haver uma ruptura no processo de aceitação, prejudicando o luto e dificultando a superação da perda”, esclarece Simône.
Datas significativas, como aniversários de morte, sétimo dia e um ano de falecimento, o Dia da Lembrança (Finados), Dia das Mães ou dos Pais, além de celebrações de fim de ano, também são momentos em que muitas famílias escolhem realizar homenagens. Visitar jazigos, enfeitá-los com flores e organizar cerimônias religiosas são formas de manter viva a memória dos entes queridos e homenageá-los.
Simône explica que os ritos e cerimônias de despedida oferecem um espaço único para a expressão das emoções e a partilha de lembranças. “O luto é um processo universal, mas profundamente individual. Deve-se validar e permitir a expressão dos sentimentos. Isso é fundamental para os enlutados e pode ajudar a ressignificar os momentos vividos com quem partiu”, afirma.
Tradição e modernização: ritos fúnebres ao longo do tempo
Os ritos fúnebres acompanham a humanidade há cerca de 100 mil anos, com evidências arqueológicas desse comportamento em várias partes do mundo. No Brasil, a diversidade cultural se reflete nos ritos fúnebres, que podem incluir práticas ligadas ao cristianismo, ao espiritismo, às religiões de matriz africana, às tradições indígenas e a outras manifestações de fé e cultura.
Entre os ritos tradicionais, destacam-se o velório, um momento de reunião de familiares e amigos para homenagear o falecido com orações, cânticos e, em algumas ocasiões, até com acompanhamentos musicais. A missa de sétimo dia é outro marco significativo, realizada para simbolizar o marco do primeiro ciclo de luto.
No Nordeste, é comum a presença de cortejos até o local de sepultamento, com coroas e flores, reforçando o respeito e a memória do falecido. Além disso, antigas tradições como as carpideiras — mulheres que choravam e lamentavam nos funerais para expressar publicamente o pesar da família — fazem parte da história e da identidade cultural de diversas comunidades brasileiras.
Com o avanço da tecnologia, novas formas de homenagens surgem. O Morada da Paz, por exemplo, lançou serviços como o Morada da Memória, uma plataforma online que permite a criação de memoriais virtuais. Nela, é possível compartilhar textos, fotos, vídeos e até acender velas virtuais, possibilitando que famílias e amigos prestem homenagens de qualquer lugar do mundo.
Desde 2001, o Velório Virtual é um serviço pioneiro do Morada da Paz, oferecendo transmissão ao vivo para conectar familiares que não podem estar presentes fisicamente. Em 2020, o serviço passou a ser integrado à plataforma Morada da Memória, reforçando o compromisso com a modernização e acessibilidade nos ritos de despedida.
Outras tendências incluem cerimônias ecológicas, nas quais cinzas de entes queridos podem ser usadas para cultivar árvores ou transformadas em jóias afetivas. Essas práticas combinam respeito à memória dos falecidos e sustentabilidade ambiental.
Se por um lado o avanço da tecnologia e a modernização trouxeram mudanças significativas nessas práticas, por outro lado, a vivência e essência do luto – permanece intocada. O luto continua sendo um processo profundamente humano, individual, que nos conecta a nossos antepassados, à nossa cultura e, acima de tudo, uns aos outros.
O acolhimento como essência
No Morada da Paz, uma empresa do Grupo Morada, o acolhimento começa antes mesmo da cerimônia, com uma equipe preparada para atender famílias fragilizadas em um momento tão delicado. Tanto o cemitério quanto o crematório são projetados para oferecer respeito e conforto, garantindo que cada cerimônia de despedida reflita as tradições e crenças de cada família.
“Queremos que as famílias compreendam que as relações e os encontros são presentes preciosos, que continuam a oferecer força e conforto mesmo após a partida de alguém especial”, afirma Eliza Fonseca, gerente de marketing do Grupo Morada.
No Grupo Morada, o investimento em acolhimento vai além de uma estratégia de negócio. É uma expressão genuína de empatia e respeito pela jornada de cada enlutado, reforçando o compromisso de apoiar as famílias em um dos momentos mais difíceis de suas vidas.
Imagem: Divulgação
Fonte: Press Release/Grupo Morada