Após mais de duas décadas, um sucesso eminente do cinema nacional retorna às telonas, em uma produção nova e autêntica, mas sem perder a essência e ingenuidade singular da qual apresentou no primeiro O Auto da Compadecida. Com direção de Guel Arraes e Flávia Lacerda, a sequência do longa-metragem traz de volta a singularidade e particularidade da cultura brasileira, em uma obra leve e muito sagaz que promete envolver e engajar o povo através de um drama-cômico e eloquente.
O Auto da Compadecidade 2 chega em uma mescla de amor, amizade, ousadia e inovação mediante as influências e inspirações da obra original de Ariano Suassuna. Estrelado por Matheus Nachtergaele, Selton Mello e Virginia Cavendish, que reprisam seus papéis como João Grilo, Chicó e Rosinha, respectivamente, além de novas facetas que trazem ainda mais veemência e identificação à produção, entre esses estão, Taís Araújo (A Compadecida), Eduardo Sterblitch (Arlindo), Humberto Martins (Coronel Ernani) e Fabiula Nascimento (Clarabela Catacão), que envolvem à todos uma precisão de carisma, emoção e bom humor, vivendo cada momento em uma experiência única e consumada, sob uma brasilidade visceral e memorável.
Uma obra genuína, em que Arraes não quis apenas fazer uma reprodução do primeiro filme, mas trazer algo novo e característico, em um frescor singular e excepcional, em uma produção expressiva, representativa e teatral, sem rótulos e marcas, apenas vivendo a autenticidade em um drama comovente e compensado à cultura nacional, com sua liberdade significativa em representar cada personagem de maneira veraz e mútua, levando a simplicidade da história em performances distinta em dramatização do sagrado, em sua mística existencial presente no primeiro longa, mas com a evolução das décadas da qual avança ao seu decorrer, de um jeito livre e autêntico.
O filme retorna para se tornar um fenômeno do cinema brasileiro, com sua essência autoral, chega para resgatar a cultura que estava deficiente nos últimos anos no Brasil, mostrar o drama árduo de dois sertanejos que enfrentam diariamente convivência a um cenário ábsono de um sistema que não se concilia as suas pobres e ávidas vidas para serem análogos. Parafraseando o ator Matheus Nachtergaele em entrevista; “João Grilo e Chicó são como passarinhos, que lutam dia após dia para sobreviver a uma realidade de conflitos eminentes em ser uma presa constante“.
O Auto da Compadecidade 2 é uma produção de Conspiração Filmes e H2O Films, com roteiro de Arraes, João e Adriana Falcão, e Jorge Furtado, baseado em Auto da Compadecida, A Farsa da Boa Preguiça de Ariano Suassuna, em referência ao primeiro longa-metragem lançado em 1999, que chega aos cinemas em 25 de dezembro para resgatar a brasilidade cultural envolto a uma obra significativa e cativante da essência sertaneja do Brasil.
Fonte: O Barquinho Cultural
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