50 anos de história e ensino

Evolução, progresso e crescimento. Essas são as palavras que os entrevistados do programa História em 60 Minutos utilizam para descrever o Curso de História do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN). O projeto, uma colaboração entre o Programa de Graduação, a Pós-Graduação de História (PPGHC/Ceres) e a Pró-Reitoria de Extensão (Proex/ UFRN), exibiu em sua terceira temporada uma série especial de entrevistas com historiadores que passaram pelo Ceres, em comemoração aos 50 anos do Curso de História do Centro.

Com a criação do Núcleo Avançado de Caicó (NAC) e por meio da Resolução nº 83/73 de 4 de outubro de 1973- CONSUNI, o campus de Caicó passou a oferecer os dez primeiros cursos em 1974, entre eles, o de História. Carregando um rico aprendizado, oferecendo contribuição à comunidade acadêmica e externa, o curso celebra o marco de 50 anos formando profissionais na área de educação e pesquisa.

A princípio, a iniciativa de interiorização da UFRN abrangia apenas a graduação de história em licenciatura. Em 1988, após uma momentânea integração e separação do Curso de História ao de Estudos Sociais, a graduação passou a formar profissionais atuantes das áreas de ensino, pesquisa e extensão. Por meio da reforma curricular, foi possível unificar as modalidades de licenciatura e bacharelado, fortalecendo o ensino de graduação.

Dois anos após a reforma curricular, o Curso de História conquistou o primeiro laboratório: o Laboratório de Documentação Histórica (Labordoc). Em uma tentativa de preservação da memória documental regional, as docentes Dorinha Medeiros, Marta Araújo e outros reuniram um conjunto de livros, bibliografias e uma ampla documentação, entre eles, o jornal A Fôlha, da Diocese de Caicó. A partir disso, o acervo recebeu o nome, na época, de Memorial do Seridó. Oito anos depois, o espaço foi transformado no primeiro laboratório de história, que foi coordenado pelo docente Henrique Pereira, e, posteriormente, por Muirakytan Kennedy de Macêdo. Em 2020, o laboratório completou 25 anos de preservação da história regional.

Trajetória

O Departamento de História do Ceres (DHC) possui oito laboratórios e uma cordelteca que contribuem para a formação de profissionais e pesquisas. Entre outras conquistas do curso ao longo dos anos, é possível destacar a criação da revista Mneme em 2000. Consolidada como a primeira revista digital da UFRN, a Mneme é uma publicação semestral, que reúne artigos do âmbito das Ciências Humanas. Oferecendo um espaço dedicado a publicação e difusão de trabalhos e pesquisas acadêmicas em humanidades, a revista segue em funcionamento e contribui para a divulgação de pesquisas e de estudos científicos.

Em 2019, o DHC conquistou o primeiro e único programa de pós-graduação no Brasil dedicado exclusivamente ao estudo da história dos sertões. O Programa de Pós-Graduação em História do Ceres (PpGHC) explora a cultura material, sociedade, poder nos sertões, historiografia e representações dos sertões.

Atualmente, o departamento abriga cerca de 250 discentes, 17 docentes, 21 projetos de pesquisa, 50 ações de extensão e seis projetos de ensino. O DHC participa ativamente de pesquisas e divulgações científicas, atendendo não somente ao Rio Grande do Norte, mas também a estados vizinhos como o Ceará e a Paraíba.

Mesa Memória apresenta convidados para celebração no Ceres. Foto: Maria Júlia de Araújo

50 anos

Em 2024, diversas atividades foram elaboradas para a comemoração do cinquentenário do curso, entre elas, a terceira edição do projeto de extensãoHistória em 60 Minutos. A ação é desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa Sujeito Implicado – História, Ficção, Ação, do DHC. Segundo o coordenador do projeto, Evandro Santos, os historiadores entrevistados demonstraram admiração e afeto pelo curso, mas não apenas isso. “Há uma memória muito afetuosa, mas também politizada, com relação à importância de um curso de história no interior do Brasil”, afirma.

Outra ação desenvolvida foi o Respeita a nossa História! – Expo 50 anos do Curso de História Ceres/UFRN. O projeto, que teve a participação de diversos docentes, conta com uma série de três produções audiovisuais abordando em detalhes a trajetória do Curso. Também organizou resumos expandidos e um acervo de fotografias e documentos que serão incorporados ao Fundo do Curso de História, do LABORDOC.

“Elaboramos um plano de ação que pudesse conectar docentes e discentes para projetar à comunidade a trajetória do curso de História no Seridó”, conta Vanessa Spinosa, coordenadora do projeto. Spinosa ressalta a importância de atividades que expõem e fortalecem a relação de dedicação e comprometimento entre docentes, discentes e a comunidade externa.

Além dessas ações, o curso promoveu a Exposição: Muirakytan: o piXador de livrose a programação oficial de celebração: Sessão Solene com Aula Magna em comemoração aos 50 anos do Curso de História do CERES. A atividade contou com a participação de docentes, discentes e figuras importantes da trajetória de evolução do curso. Além disso, o prédio que abriga os laboratórios de história recebeu o nome de Muirakytan Kennedy de Macêdo, que foi docente, historiador e intelectual do Ceres.

Fonte: Agecom/UFRN

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