Inventariando Noronha

Turismo: sendo uma área que movimenta bilhões na economia brasileira, sua promoção é essencial para o país. É com isso em mente que uma equipe do curso de Turismo da Faculdade de Letras, Engenharia e Ciências Sociais do Seridó (Felcs) realiza uma ação que promete revolucionar a oferta turística de Fernando de Noronha, um dos destinos mais procurados do Brasil.

O trabalho realizado é uma inventariação da oferta turística, ou seja, o planejamento turístico do arquipélago. A ação possibilita a criação de políticas públicas e a tomada de decisões acerca do desenvolvimento sustentável do turismo. O projeto é concretizado pelo Laboratório de Pesquisas e Estudos Turísticos (Lapet/Felcs).

A economia e a comunidade de Fernando de Noronha são altamente dependentes do turismo, com a maioria das empresas locais sendo voltadas à área. Segundo Luccas Cavalcanti, gestor de marketing turístico de Fernando de Noronha, grande parte da população do arquipélago vive da atividade turística. Para Lucas, o trabalho realizado pela equipe da Felcs é valioso por levantar dados que permitem a melhor compreensão dessa realidade.

Equipe do Lapet em Fernando de Noronha – Foto: Qualistur/Felcs

“Um inventário traz à luz um panorama da oferta turística. Em posse desse documento é possível mensurar a atividade e planejar de forma mais assertiva políticas públicas que possam impactar positivamente a sociedade”, declara o gestor.

O inventário é um documento que levanta tanto dados da atividade turística quanto dados gerais do local estudado. O projeto é coordenado pelos professores Marcelo Taveira e Êndel Costa, da Felcs, e tem a participação de 17 alunos do curso de Turismo da unidade. Entre os dias 3 e 13 de setembro, a equipe de pesquisadores coletou, interpretou e sistematizou informações acerca do turismo em Noronha. A próxima fase é a elaboração de relatório técnico, que será entregue ao governo da ilha em dezembro de 2024. Posteriormente, o produto final estará disponível no repositório da UFRN.

“Realizar o inventário turístico de Fernando de Noronha tem sido uma oportunidade incrível de aprendizado”, afirma Maria Eduarda Olinto, estudante de Turismo na Felcs que participa do projeto. A aluna destaca a experiência de conhecer a ilha, um sonho pessoal, e a chance de mostrar a relevância do Lapet. “Está sendo extremamente importante para minha futura carreira como turismóloga”, conta.

Estudantes da Felcs realizando pesquisas de campo – Foto: Qualistur/Felcs

Segundo Marcelo Taveira, a finalidade da iniciativa é levantar dados turísticos por meio de pesquisas de campo para, então, trabalhar na oferta turística do local. Os pesquisadores consideram fatores como a atual situação do turismo em Fernando de Noronha e a demanda de visitantes. Os dados recolhidos serão a base para a criação de políticas públicas e do ordenamento dos espaços urbanizados e rurais do arquipélago.

“Para que a população seja beneficiada, é importante que o destino tenha dados atualizados, que tragam um raio-x da situação”, afirma Luccas Cavalcanti. Para o gestor, o documento pode contribuir para a melhoria do planejamento turístico, refletindo diretamente na qualidade de vida dos moradores e trabalhadores de Noronha.

O trabalho é a terceira inventariação turística do Lapet, após ações realizadas em São Miguel do Gostoso e em Tibau do Sul. “A pesquisa em desenvolvimento é um esforço institucional da UFRN para contribuir com a produção do conhecimento científico no campo do turismo”, afirma Marcelo Taveira.

Fernando de Noronha é um dos principais destinos turísticos do Brasil – Foto Cícero Oliveira

De acordo com o professor, a expectativa dos pesquisadores é que Fernando de Noronha se torne uma referência em turismo responsável. Além disso, o objetivo é que o projeto melhore a qualidade de vida tanto dos moradores da ilha quanto dos turistas.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Felcs, a Administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, órgão do Governo de Pernambuco, e o programa DEL Turismo, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) dos estados do RN e de PE.

Imagem: Divulgação 

Fonte: Agecom/UFRN 

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