A Diretoria de Comunicação Institucional do IFRN (Dici) inicia hoje uma série de matérias sobre os núcleos de apoio aos trabalhos de ensino, pesquisa e extensão da Instituição vinculados à Pró-Reitoria de Ensino (Proen). A sequência de publicações traz conteúdos sobre o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne), o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) e o Núcleo de Gênero e Diversidade (Nugedi), que serão publicados ao longo de três semanas no Portal IFRN e no perfil @ifrnoficial. Para abrir a série, conheça o Napne.
Necessidades Educacionais Específicas
O Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas é vinculado às ações e programas desenvolvidos pela Pró-Reitoria de Ensino (Proen) do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), assim como o , assim como seus pares Neabi o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) e Núcleo de Gênero e Diversidade (Nugedi).
“Os Núcleos são uma iniciativa que objetiva difundir a prática educativa democrática e inclusiva, através de trabalhos e projetos que promovem as condições necessárias para o ingresso e a permanência do estudante. Nesses casos, o Napne alcança pessoas com deficiência (visual, auditiva, intelectual, física, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades) e pessoas com necessidades educacionais específicas, sendo dificuldades de aprendizagem (pessoas com dislalia, discalculia, dislexia e disgrafia) ou problemas de aprendizagem”, disse a Anna Catharina Dantas, pró-reitora de Ensino do IFRN.
Atuação
De acordo com o Relatório Final do Grupo de Trabalho que cuida das ações voltadas ao atendimento das Necessidades Educacionais Específicas no IFRN, documento que abrange o período de 2018 a 2023, o Napne é constituído por três pilares: o acolhimento, o atendimento e o acompanhamento dos estudantes.
Atualmente, há 22 núcleos em atuação no Instituto, um em cada campus. O funcionamento de cada um deles, ainda que tenham coordenações individualizadas, acontece de forma unificada: dispõem da mesma estrutura de equipe e contam com apoio sistêmico na medida de suas necessidades. A composição dessas unidades de atenção especializada têm uma coordenação e uma assessoria, sendo constituída por uma junta de profissionais que tenham afinidade com a causa, de áreas como Psicologia, Psicopedagogia, Transcrição de textos e Intérpretes de Libras, entre outras, a depender da demanda do campus e dos estudantes matriculados naquele ano letivo.
No levantamento mais recente feito pelo Napne, cerca de 111 profissionais atuam para o funcionamento das atividades, sendo 32 Psicopedagogos, 24 Assistentes Educacionais Inclusivos, 22 Tradutores Intérprete de Libras, 2 Transcritores Braile, 14 Cuidadores, 17 Ledores/Transcritores de Português, além dos coordenadores de cada Núcleo constituído.
Nesse estudo, foi destacada também a evolução na quantidade de estudantes com deficiência e necessidades educacionais específicas matriculados entre os anos 2018 a 2023. Segundo os dados coletados, no primeiro ano existiam 287, enquanto em 2023, 961 discentes, o que mostra um aumento de cerca de 300% no número de estudantes atendidos pelo Núcleo.
Para dar o suporte necessário ao trabalho do Napne, o IFRN destinou o recurso de R$26.161.336,91, necessário à contratação de 24 meses de trabalho dos profissionais que atuam com as necessidades encontradas. Esse recurso e todo o processo de contratação se dá em uma parceria entre a Pró-Reitoria de Ensino e a Pró-Reitoria de Administração da Instituição.
“Divisor de águas”
Edmilson Firmino, pai do estudante Jonas Prazeres, do curso de Lazer no Campus Natal-Centro Histórico, fala sobre a trajetória de seu filho no IFRN. Firmino destacou o apoio contínuo do Napne desde a fase de admissão: “desde o Exame de Seleção, contamos com o auxílio do leitor e transcritor disponibilizados pelo Núcleo”.
Inicialmente, o suporte foi crucial para compreender o quadro de mielomeningocele de Jonas e preparar os professores para recebê-lo em sala de aula. “O Napne foi um divisor de águas em nossas vidas, facilitando a compreensão e comunicação entre os professores e o caso do meu filho. Os professores foram acolhedores e receptivos, oferecendo suporte integral nas disciplinas mais desafiadoras. As atividades foram adaptadas para garantir que Jonas pudesse compreender facilmente, refletindo o compromisso do IFRN com a acessibilidade para todos que necessitam”, explicou o pai.
Para acontecer o acolhimento, atendimento e o acompanhamento do estudante, foi necessária uma equipe formada por psicopedagogo, psicólogo e assistente educacional inclusiva.
“O que vemos hoje no Napne é um exemplo de ensino e trabalho que deve ser seguido não apenas pelo Instituto Federal, mas por todo o sistema educacional em geral”, acrescentou Edmilson.
Imagens: Divulgação
Fonte: ASSECOM/IFRN