Não é novidade que a inteligência artificial se tornou um dos meios fundamentais para impulsionar ganhos de receita em muitos negócios nos mais diversos setores nos últimos anos. De acordo com dados de uma pesquisa do McKinsey Global Institute, essa tecnologia pode gerar de US$ 2,6 trilhões a US$ 4,4 trilhões em lucros corporativos anualmente em todo o mundo.
Por isso, investir em IA passou a ser uma prioridade estratégica para muitas companhias que desejam ser mais eficientes, inovadoras e lucrativas. Entre as funções que ajudaram a popularizar a tecnologia, podemos destacar sua capacidade de analisar grandes quantidades de dados, processando e extraindo insights valiosos. Além disso, ela também ajuda na criação de conteúdos criativos dos mais diversos tipos, como imagens, vídeos, textos e ilustrações; geração de códigos de software; automação de processos; personalização; atendimento ao cliente, e otimização de recursos.
Todas essas funcionalidades, se bem utilizadas, possibilitam que as empresas tomem decisões mais embasadas e estratégicas, reduzam custos operacionais e aumentem a eficiência – o que permite alavancar os negócios de maneira mais rápida. Segundo o estudo “Scaling AI Pays Off, No Matter the Investment”, realizado pelo Boston Consulting Group (BCG), a inteligência artificial é capaz de impulsionar o aumento da receita das companhias em mais de 6%, sendo que os investimentos contínuos na tecnologia podem elevar esse valor para 20% ou mais.
Ainda de acordo com a pesquisa, as organizações líderes na adoção de IA registram um aumento de 3% no lucro antes de juros e impostos (EBIT), o que representa um aumento de quase 30% em comparação àquelas que não tem a capacidade de intensificar a utilização dessa tecnologia.
Porém, é importante ter em mente que não basta adotar a IA para magicamente os negócios melhorarem – é preciso fazer isso com inteligência, calma e muito conhecimento. O primeiro passo obrigatório é entender a fundo qual o real problema da operação, ou seja, é preciso detectar onde estão os gargalos nos processos produtivos da empresa. Para citar alguns dos mais comuns: falta de integração entre departamentos, falta de manutenção/atualização de equipamentos ou sistemas, ausência de recursos computacionais na execução das atividades, falta de investimento na qualificação da equipe, negligência ou imprudência dos executores das atividades. A lista é extensa e, sem um mapeamento inicial, a aplicação da IA não será efetiva e corretamente direcionada.
Só a partir disso será possível identificar no que ela pode ajudar especificamente e como a equipe deverá ser treinada para implementá-la em sua rotina operacional. Por essas razões, é importante designar um time de especialistas para executar tal mapeamento e compreender todas as possibilidades da aplicação de IA em seus negócios, assim como os impactos de tais aplicações nas operações e nas receitas de suas respectivas empresas.
Grandes nomes do mercado como a Ford Motor Company, Walmart, JPMorgan Chase & Co e Unilever, por exemplo, registraram resultados significativos e aumento de receita com a implementação da inteligência artificial, mas isso só foi possível porque elas adotaram uma postura estratégica e focada em objetivos específicos. É importante olhar para esses players não apenas com a meta de chegar ao mesmo patamar, mas também entendendo quais passos eles deram para isso e como traduzir para a realidade da sua companhia.
*Lilio Rocha é CRO da Samba, especialista em soluções digitais simples, inteligentes e eficazes que impactam significativamente os resultados, proporcionam vantagens competitivas e perpetuam com maturidade os clientes no mercado.
Imagem: Divulgação
Fonte: Assessoria de Comunicação