O tratamento oncológico é um longo e repleto de desafios. Desde o diagnóstico, pacientes e familiares vivenciam diversas mudanças, familiares, sociais, psicológicas, físicas, econômicas, dentre outras.
A Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva acolhe crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas crônicas, há 28 anos, e, em sua maioria, cerca de 80%, são de pacientes e familiares que residem no interior do estado, bem como, de outros estados da federação. Estes, vêm para a capital em busca de um melhor tratamento e da cura, quando chegam a instituição, trazem na mala, medos, angústias e muitas dúvidas, além do medo da morte. Pois, o câncer ainda carrega o sinônimo de morte.
Durante todo o tratamento, pacientes e familiares são acompanhados pela equipe multidisciplinar formada por: assistentes sociais, psicóloga, nutricionista, fisioterapeuta, pedagoga, farmacêutica e dentista, além do suporte de toda equipe do hospital. Suporte esse necessário para lidar com o contexto de hospital, internações, exames, medicações e um novo lar, com pessoas, até então, desconhecidas, regras e cotidiano diferentes do que são acostumados a viver.
Entretanto, existem alguns diagnósticos, tais como: Leucemias graves, que precisam de Transplante de Medula Óssea – TMO, Retinoblastoma, Hepatoblastoma, Neuroblastoma, dentre outros, que exigem a continuidade de tratamento fora do estado de origem, muitas vezes, bem longe de casa.
Nos últimos anos, pacientes do Pará, Bahia e Piauí vem para o RN em busca de cura, através do TMO, sendo esta, a única e última opção de tratamento para alguns pacientes.
Estes, chegam para esse processo, via Tratamento Fora de Domicílio – TFD, garantido pela Lei Orgânica de Saúde – LOS (LEI nº 8.080/1990). Onde despesas com deslocamento e hospedagem são garantidos pelo Sistema Único de Saúde – SUS, a fim de proporcionar atendimento integral para o paciente.
Para muitas famílias, a necessidade de continuar o tratamento em outro lugar, representa mais um desafio, durante o tratamento oncológico. Representando mais uma mudança, mesmo que temporária, para um lugar novo, sem nenhuma pessoa familiar ou conhecida, muitas vezes, bem longe de casa e da rede de apoio, em um tempo que não é estimável, a princípio, e existem famílias que passam bastante tempo para retornarem ao estado de origem. Em contrapartida, essa pode ser a luz no fim do túnel e os pacientes e familiares saem em busca da cura, ultrapassando diversas barreiras geográficas e os desafios numa luta diária.
Imagem: Divulgação
Fonte: Assessoria de Comunicação/CDP